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Nº 21.557 - " Bomba! Publicitário acusa Temer de arrancar R$ 3 milhões de Joesley para financiar o golpe"

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04/06/2017


Bomba! Publicitário acusa Temer de arrancar R$ 3 milhões de Joesley para financiar o golpe


Do Cafezinho - 04/06/2017 Escrito por Luis Edmundo, Postado em Redação



Foto: reprodução/Facebook

“Acusado por Joesley Batista em sua delação premiada de ter recebido R$ 3 milhões em propina da JBS na campanha de 2010 e outros R$ 300 mil em espécie em 2016 a pedido do presidente Michel Temer, o publicitário Elsinho Mouco disse que o empresário o contratou com dois objetivos: eleger o irmão José Batista Júnior em Goiás e ‘derrubar’ a presidente Dilma Rousseff na esteira do movimento pelo impeachment”.


O trecho acima é a abertura da reportagem de Pedro Venceslau, no Estado de São Paulo, que liga o dono da JBS, novo homem-bomba da política nacional, ao impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, e com a participação do presidente Michel Temer. Que venham os próximos capítulos…
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Nº 21.558 - "Globo dá ultimato ao TSE: julgue já!"

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04/06/2017

Globo dá ultimato ao TSE: julgue já!

delreiaqui

Editorial de  O Globo, hoje, dá ordens ao Tribunal Superior Eleitoral para que
casse logo a chapa Dilma-Temer e, com isso, ajude a destituir o atual ocupante do Planalto.
Descarta todas as teses de defesa e aponta para um resultado único, de natureza política, mais que jurídica:
“Não há nenhuma dúvida de que esse julgamento nada tem a ver com as acusações que agora pesam contra o presidente Michel Temer. Trata-se de julgar pecados anteriores. Mas, sabemos todos, na construção de suas convicções, os juízes podem e devem levar em conta as condutas impróprias continuadas dos implicados.”
Na jurisprudência global, julga-se fora dos autos ou traz-se a eles, como verdades absolutas, declarações unilaterais e delações de toda ordem: a espontâneas e a s negociadas como chave de cadeia depois – para usar a expressão de Gilmar Mendes – “as alongadas prisões de Curitiba”.
Depois de exposto o seu diktat, concede aos juízes, pro-forma, o direito de decidirem.
Este jornal não tem dúvida de que todos os ministros do TSE, julgando a favor ou contra, agirão segundo as suas convicções, tendo em mente as leis, a nossa democracia. E cumprindo o dever que a nação lhes outorgou.
Seja com Dilma, seja com Temer, é a vontade do Império que deve prevalecer.
A Globo não é uma concessão pública do Brasil.
A república brasileira, sim,  é uma concessão da Globo.
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Nº 21.559 - "UM PAÍS QUE NÃO TEM DIGNIDADE NÃO SENTE INDIGNAÇÃO, POR ALDO FORNAZIERI"

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05/06/2017

Um país que não tem dignidade não sente indignação, por Aldo Fornazieri

Foto Ubes


Um país que não tem dignidade não sente indignação

por Aldo Fornazieri

Resultado de imagem para Aldo FornazieriO presidente da República foi flagrado cometendo uma série de crimes e as provas foram transmitidas para todo o país. Com exceção de um protesto aqui, outro ali, a vida seguiu em sua trágica normalidade. Em muitos outros países o presidente teria que renunciar imediatamente e, quiçá, estaria preso. Se resistisse, os palácios estariam cercados por milhares de pessoas e milhões se colocariam nas ruas até a saída de tal criminoso, pois as instituições políticas são sagradas, por expressarem a dignidade e a moralidade nacional.
Aqui não. No Brasil tudo é possível. Grupos criminosos podem usar das instituições do poder ao seu bel prazer. Afinal de contas, no Brasil nunca tivemos república. Até mesmo a oposição, que ontem foi apeada do governo, dá de ombros e muitos chegam a suspeitar que a denúncia contra Temer é um golpe dentro do golpe. Que existem vários interesses em jogo na denúncia, qualquer pessoa razoavelmente informada sabe. Mas daí adotar posturas passivas em face da existência de uma quadrilha no comando do país significa pouco se importar com os destinos do Brasil e de seu povo, priorizando mais o cálculo político de partidos e grupos particulares.
O Brasil tem uma unidade política e territorial, mas não tem alma, não tem caráter, não tem dignidade e não tem um povo. Somos uma soma de partes desconexas. A unidade política e territorial foi alcançada às custas da violência dos poderosos, dos colonizadores, dos bandeirantes, dos escravocratas do Império, dos coronéis da Primeira República, dos industriais que amalgamaram as paredes de suas empresas com o suor e o sangue dos trabalhadores, com a miséria e a degradação servil dos lavradores pobres.
Índios foram massacrados; escravos foram mortos e açoitados;  a dissidência foi dizimada; as lutas sociais foram tratadas com baionetas, cassetetes e balas. A nossa alma, a alma brasileira, foi ganhando duas texturas: submissão e indiferença. Não temos valores, não temos vínculos societários, não temos costumes que amalgamam o nosso caráter e somos o povo, dentre todas as Américas, que tem o menor índice de confiabilidade interpessoal, como mostram várias pesquisas.
Na trágica normalidade da nossa história não nos revoltamos contra o nosso dominador colonial. Ele nos concedeu a Independência como obra de sua graça. Não fizemos uma guerra civil contra os escravocratas e não fizemos uma revolução republicana. A dor e os cadáveres foram se amontoando ao longo dos tempos e o verde de nossas florestas foi se tingindo com sangue dos mais fracos, dos deserdados. Hoje mesmo, não nos indignamos com as 60 mil mortes violentas anuais ou com as 50 mil vítimas fatais no trânsito e os mais de 200 mil feridos graves. Não nos importamos com as mortes dos jovens pobres e negros das periferias e com a assustadora violência contra as mulheres. Tudo é normal, tragicamente normal.
Quando nós, os debaixo, chegamos ao poder, sentamos à mesa dos nossos inimigos, brindamos, comemoramos e libamos com eles e, no nosso deslumbramento, acreditamos que estamos definitivamente aceitos na Casa Grande dos palácios. Só nos damos conta do nosso vergonhoso engano no dia em que os nossos inimigos nos apunhalam pelas constas e nos jogam dos palácios.
Nunca fomos uma democracia racial e, no fundo, nunca fomos democracia nenhuma, pois sempre nos faltou o critério irredutível da igualdade e da sociedade justa para que pudéssemos ostentar o título de democracia. Nos contentamos com os surtos de crescimento econômico e com as migalhas das parcas reduções das desigualdades e estufamos o peito para dizer que alcançamos a redenção ou que estamos no caminho dela. No governo, entregamos bilhões de reais aos campões nacionais sem perceber que são velhacos, que embolsam o dinheiro e que são os primeiros a dar as costas ao Brasil e ao seu povo.
No Brasil, a mobilidade social é exígua, as estratificações sociais são abissais e não somos capazes de transformar essas diferenças em lutas radicais, em insurreições, em revoltas. Preferimos sentar à mesa dos nossos inimigos e negociar com eles, de forma subalterna. Aceitamos os pactos dos privilégios dos de cima e, em nome da tese imoral de que os fins justificam os meios, nos corrompemos como todos e aceitamos o assalto sistemático do capital aos recursos públicos, aos orçamentos, aos fundos públicos, aos recursos subsidiados e, ainda, aliviamos os ricos e penalizamos os pobres em termos tributários.
Quando percebemos os nossos enganos, nos indignamos mais com palavras jogadas ao vento do que com atitudes e lutas. Boa parte das nossas lutas não passam de piqueniques cívicos nas avenidas das grandes cidades. E, em nome de tudo isto, das auto-justificativas para os nossos enganos, sentimos um alívio na consciência, rejeitamos os sentimentos de culpa, mas não somos capazes de perceber que não temos alma, não temos caráter, não temos moral e não temos coragem.  
Da mesma forma que aceitamos as chacinas, os massacres nos presídios, a violência policial nos morros e nas favelas, aceitamos passivamente a destruição da educação, da saúde, da ciência e da pesquisa. Aceitamos que o povo seja uma massa ignara e sem cultura, sem civilidade e sem civilização. Continuamos sendo um povo abastardado, somos filhos de negras e índias engravidadas pela violência dos invasores, das elites, do capital, das classes políticas que fracassaram em conduzir este país a um patamar de dignidade para seu povo.
Aceitamos a destruição das nossas florestas e da nosso biodiversidade, o envenenamento das nossas águas e das nossas terras porque temos a mesma alma dominada pela cobiça de nos sentirmos bem quando estamos sentados à mesa dos senhores e porque queremos alcançar o fruto sem plantar a árvore. Se algum lampejo de consciência, de alma ou de caráter nacional existe, isto é coisa restrita à vida intelectual, não do povo. O povo não tem nenhuma referência significativa em nossa história, em algum herói brasileiro, em algum pai-fundador, em alguma proclamação de independência ou república, em algum texto constitucional em algum líder exemplar.
Somos governados pela submissão e pela indiferença. Não somos capazes de olhar à nossa volta e de perceber as nossas tragédias. Nos condoemos com as tragédias do além-mar, mas não com as nossas. Não temos a dignidade dos sentimentos humanos da solidariedade, da piedade, da compaixão. Não somos capazes de nos indignar e não seremos capazes de gerar revoltas, insurreições, mesmo que pacíficas. Mesmo que pacíficas, mas com força suficiente para mudar os rumos do nosso país. Se não nos indignarmos e não gerarmos atitudes fortes, não teremos uma comunidade de destino, não teremos uma alma com um povo, não geraremos um futuro digno e a história nos verá como gerações de incapazes, de indiferentes e de pessoas que não se preocuparam em imprimir um conteúdo significativo na sua passagem pela vida na Terra.  

Aldo Fornazieri - Professor da Escola de Sociologia e Política.

Nº 21.560 - "TEMER FAZ OFENSIVA CONTRA JANOT APÓS PRISÃO DE SEU HOMEM DA MALA"

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05/06/2017

TEMER FAZ OFENSIVA CONTRA JANOT APÓS PRISÃO DE SEU HOMEM DA MALA


Brasil 247 - 5 DE JUNHO DE 2017 ÀS 05:01



A prisão do homem da mala de Michel Temer, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), mexeu com o peemedebista, que deu aval para sua equipe de defesa desferir ataques públicos contra o Ministério Público Federal neste domingo (4); o objetivo é tentar blindar Temer do efeito político que a prisão de Rocha Loures pode ter em seu julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral); planejado há alguns dias nos bastidores e tornado público após a prisão de Loures, o discurso da defesa de Temer é o de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atua com intenções políticas e tenta"constranger" a Justiça Eleitoral à cassação de Temer; julgamento será retomado nesta terça (6)


247 - A equipe de defesa de Michel Temer, com aval do peemedebista, desferiu ataques públicos contra o Ministério Público Federal neste domingo (4) para blindar o presidente do impacto político que a prisão do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pode surtir sobre o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Gestado há alguns dias nos bastidores e tornado público após a prisão de Loures, o discurso é o de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atua com intenções políticas e tenta "constranger" a Justiça Eleitoral a condenar o peemedebista no julgamento da chapa Dilma-Temer, que será retomado nesta terça-feira (6).

As informações são de reportagem de Marina Dias na Folha de S.Paulo.

"Temos indicativos de que virão movimentos e iniciativas de Janot às vésperas do julgamento do TSE na tentativa de constranger o tribunal a condenar o presidente", afirmou o advogado Gustavo Guedes, responsável pela defesa de Temer no TSE. "Nos preocupa muito o procurador-geral da República se valer de toda a estrutura que tem para tentar constranger um tribunal superior".

 A estratégia foi sacramentada horas depois da detenção de Loures, em uma reunião entre Temer e seus auxiliares no Palácio do Jaburu, na noite de sábado (3).

A preocupação é a de que o ex-deputado possa negociar um acordo de delação que implique o presidente, o que aceleraria ainda mais o que integrantes do governo consideram ser uma escalada da PGR e de integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o Planalto.

Para assessores de Temer, Janot e o ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato na corte, têm agido numa espécie de "dobradinha" para fechar o cerco a Temer, alvo de um inquérito por obstrução de Justiça, corrupção e formação de organização criminosa com base na delação da JBS, que também compromete Loures."

Nº 21.561 - "RECESSÃO DE TEMER CAUSOU A MAIOR DESTRUIÇÃO DE EMPREGOS EM 25 ANOS"

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05/06/2017


RECESSÃO DE TEMER CAUSOU A MAIOR DESTRUIÇÃO DE EMPREGOS EM 25 ANOS


Brasil 247 - 5 DE JUNHO DE 2017 ÀS 05:22


Com Michel Temer, o Brasil vive a pior crise de empregos de sua história; a parcela da força de trabalho brasileira com alguma ocupação chegou neste ano ao mais baixo patamar em mais de duas décadas; nem nas sucessivas crises dos anos 1990, nem durante a turbulência que levou o país pela última vez ao FMI (em 2002), tampouco durante os efeitos da crise financeira global de 2009, a ocupação tinha sido tão abatida como na recessão de agora 

247 - Em 2017, sob o governo de Michel Temer, Brasil vive a pior crise de empregos de sua história; a parcela da força de trabalho brasileira com alguma ocupação chegou neste ano ao mais baixo patamar em mais de duas décadas; nem nas sucessivas crises dos anos 1990, nem durante a turbulência que levou o país pela última vez ao FMI (em 2002), tampouco durante os efeitos da crise financeira global de 2009, a ocupação tinha sido tão abatida como na recessão de agora 

As informações são de reportagem de Mariana Carneiro na Folha de S.Paulo.

"Os economistas Bruno Ottoni e Tiago Barreira, da FGV, reconstruíram a série de mercado de trabalho até 1992, permitindo comparar os dados atuais com os dos últimos 25 anos.

A primeira análise que extraem dessa base de dados é que a destruição de empregos é mais severa na crise atual e persiste mesmo com os sinais mais recentes de estancamento da retração do PIB, no primeiro trimestre.

O percentual médio da força de trabalho que se declarou ocupada, em empregos com carteira assinada, informais, por conta própria e até como empregadores, recuou para 86% entre janeiro e abril deste ano. A força de trabalho inclui ainda os desempregados que procuraram trabalho recentemente.

Antes disso, o mais baixo percentual observado na série ocorreu em março de 2002 (89%), em meio à crise de confiança provocada pela vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial. A atividade econômica também estava enfraquecida pelo racionamento de energia ocorrido um ano antes, no governo FHC.

Ottoni afirma que, no passado, foram breves os períodos em que a população ocupada recuou. Agora, a queda ocorre de maneira contínua desde o início de 2015."
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Nº 21.562 - "A PERGUNTA QUE NÃO SE FEZ: SE HÁ ÁUDIOS ANTI-TEMER, O QUE DIZEM?"

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05/06/2017


A pergunta que não se fez: se há áudios anti-Temer, o que dizem?

perguntaaudio

por Fernando Brito
Gustavo  Guedes, advogado do sr. Michel Temer disse ontem, a quantos jornalistas quisessem ouvir, que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tinha feito um “armazenamento tático” de gravações, para soltá-las hoje com o objetivo de influir no julgamento, a partir de amanhã à noite, sobre a sua cassação no TSE.
Não é de duvidar que, em se tratando do advogado presidencial, esteja falando a verdade, embora tenha vindo a público dizê-la para criar o obstáculo possível ao ímpeto “vazador” da PGR e frustrar um propósito que é, convenhamos, sórdido para o chefe de uma instituição que deveria ser a primeira a ter compromisso com o curso normal de investigações.
Mas todos os jornalistas que ouviram o Dr. Gustavo dizê-lo não registram a sua resposta às óbvias perguntas que viriam diante de tal revelação: gravações de quem, dizendo o quê?
Certamente não seriam gravações irrelevantes e é de duvidar que a defesa presidencial fosse partir para acusações desta gravidade simplesmente por que alguém lhe soprou que “tem um áudio pesado lá com o Janot” que vai ser usado.
Consequência evidente seria registrar que, instado a dizer de quem ou do que tratavam estas gravações, o advogado do presidente ao menos tivesse de dizer um “não sei”, o que enfraqueceria, por falsa a declaração ou falsa a informação, o peso de suas palavras.
Temer fez vários pronunciamentos e deu ao menos duas entrevistas, onde os repórteres poderiam ter perguntado o que bem quisesse. Em ambas, disse que Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala de R$ 500 mil da JBS, “é um homem de boa índole”, não se sabendo o que faça alguém de boa índole ir apanhar um “paco” destes num canto escuro.
Não houve reação digna de nota dos jornalistas que o ouviram dizer isso.
Igualmente, se a defesa de Temer acha que há gravações do “homem de boa índole”dizendo algo que poderia ser usado contra o presidente, isso deveria ter sido lancetado e, no mínimo, Loures ser acusado de usar a confiança presidencial para algo em nada semelhante aos atos de alguém de “boa índole”.
Estamos assistindo a um jogo sujo, onde o comportamento da Procuradoria Geral da República mal consegue esconder seu apetite de poder e a premeditação de seus atos  e, de outro lado,  o de Temer, que não disfarça sequer sua culpa.
Em meio a este jogo, o país se dana.
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Nº 21.563 - "Mais de 100 mil em São Paulo pelas Diretas Já"

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05/6/2017


Mais de 100 mil em São Paulo pelas Diretas Já


Do Cafezinho - 5/6/2017 Escrito por Luis Edmundo, Postado em Redação


Foto: Coletiva Diretas Já
Mais de 100 mil pessoas compareceram ao ato SP pelas Diretas Já, no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista. O ato convocado por artistas, ativistas da mídia independente e apoiado por movimentos sociais reuniu em um mesmo palco debate político, cidadania, música e poesia. Foram cerca de sete horas de shows com presenças de importantes nomes do cenário cultural brasileiro, como o músico Mano Brown, que encerrou a noite, os rappers Criolo e Rael, a atriz e poeta Elisa Lucinda, entre outros.
Os artistas que passaram pelo palco defenderam as pautas centrais: queda do presidente Michel Temer (PMDB) e convocação de eleições diretas. Também não faltaram críticas à agenda política de Temer, com suas propostas de reformas, como a trabalhista e da Previdência, que de acordo com os presentes “atacam direitos” e representam um retrocesso na cidadania brasileira.nte em um sentido de consciência ampliada do que significa votar e o que significa neste momento pedir por diretas já. Estamos falando da verdadeira reforma política no Brasil”, disse o ator Osmar Prado. “O ato de hoje representa o quanto há uma insatisfação. Neste sentido os artistas podem colaborar falando, cantando e usando sua imagem à favor daquilo que eles acreditam”, ressaltou a atriz Mel Lisboa.
Mano Brown disse que a participação de artistas populares tem um peso importante no movimento pela democratização. “Os artistas têm acesso ao povo. Às vezes o artista comunica muito mais do que os políticos através da música. A classe artística tem muito tempo que está envolvida na política.”
“Muita juventude, muita gente bonita, muita gente acreditando que na ruas é possível mandar o governo Temer para onde ele deve ir: o arquivo morto da história”, disse a deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP). Ela estava na praça, junto com os demais manifestantes que querem a volta da democracia e do direito de decidir. Ali no chão da praça também estavam outros políticos como os vereadores Eduardo Suplicy (PT) e Sâmia Bonfim (Psol), os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Ivan Valente (Psol-SP) e o deputado estadual Carlos Gianazzi (Psol).
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Nº 21.564 - "TRF DÁ RAZÃO A LULA E DIZ QUE MORO CERCEOU DEFESA"

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05/06/2017

TRF DÁ RAZÃO A LULA E DIZ QUE MORO CERCEOU DEFESA


Brasil 247 - 5 DE JUNHO DE 2017 ÀS 19:38 


O Tribunal Regional Federal da 4ª Região reconheceu nesta tarde que a defesa do ex-presidente Lula tinha razão ao pedir o adiamento dos depoimentos de Emílio Odebrecht e do ex-executivo da empreiteira Alexandrino Alencar, que foram prestados hoje a partir das 14h ao juiz Sergio Moro, de Curitiba; a decisão, que ocorreu após os depoimentos, uma vez que o pedido chegou às mãos dos juízes às 13h22, de acordo com o documento, reconhece ainda que os advogados de Lula foram surpreendidos no final desta manhã com documentos juntados pelo MPF para depoimentos no início da tarde


Paraná 247 - O Tribunal Regional Federal da 4ª Região reconheceu na tarde desta segunda-feira 5 que a defesa do ex-presidente Lula tinha razão ao pedir o adiamento dos depoimentos de Emílio Odebrecht e do ex-executivo da empreiteira Alexandrino Alencar, prestados hoje a partir das 14h ao juiz Sergio Moro.

A decisão do TRF4 ocorreu após os depoimentos, uma vez que o pedido do advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, chegou ao tribunal às 13h22, de conforme consta no documento. A decisão reconhece ainda que os advogados de Lula foram surpreendidos no final desta manhã com documentos juntados pelo Ministério Público Federal para depoimentos no início da tarde.

O Tribunal determina que, como não houve tempo hábil para que a defesa de Lula acessasse os documentos juntados, as audiências realizadas nesta segunda sejam então repetidas "após as defesas tomarem ciência do conteúdo integral das mídias anexadas". Foi fixado o prazo de três dias para que a defesa acessasse as novas mídias. "Transcorrido o prazo, tais testemunhas devem ser reinquiridas", diz o documento.

Quando pediu a suspensão das audiências, o advogado de Lula argumentou, por meio de habeas corpus, que o pedido estava "baseado na violação das garantias do contraditório, da ampla defesa e da paridade de armas".

"O Juízo deu ciência às partes no final da manhã de hoje (05/06) sobre documentos juntados pelo MPF sobre delações de executivos do grupo Odebrecht, para uso durante a oitiva de Emílio Odebrecht e Alexandrino Alencar. Neste momento, a defesa observou a impossibilidade de análise do material até as 14 horas e requereu a redesignação desses depoimentos. O pedido foi negado sob a alegação de 'economia processual'", embora o próprio magistrado reconheça o prejuízo à defesa ao autorizar antecipadamente pedido de reinquirição das testemunhas, se houver requerimento", afirmou Cristiano Zanin Martins.

Acesse aqui a íntegra da decisão do TRF4.


Nº21.565 - "CUT/VOX: 85% QUEREM CASSAÇÃO DE TEMER E 89% DEFENDEM DIRETAS JÁ"

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05/06/2017

CUT/VOX: 85% QUEREM CASSAÇÃO DE TEMER E 89% DEFENDEM DIRETAS JÁ


Brasil 247 - 5 DE JUNHO DE 2017 ÀS 17:09



Pesquisa Vox Populi, contratada pela CUT, confirma: Michel Temer conseguiu unir o Brasil contra ele; segundo o levantamento, 85% dos brasileiros querem que o Tribunal Superior Eleitoral casse Temer na sessão que ocorrerá nesta terça-feira 6 e 89% querem escolher o novo presidente da República; a pesquisa aponta ainda que 75% dos brasileiros avaliam negativamente o desempenho de Temer como presidente; para 20%, ele é regular e para apenas 3%, positivo; 73% dos entrevistados acreditam que o Brasil vai piorar com Temer no poder (em abril o percentual era de 61%) e 17% acham que vai ficar como está



247 - Pesquisa Vox Populi, contratada pela CUT, confirma: Michel Temer conseguiu unir o Brasil contra ele. Segundo o levantamento, divulgado nesta segunda-feira 5, 85% dos brasileiros querem que o Tribunal Superior Eleitoral casse Temer na sessão que ocorrerá nesta terça-feira 6 e 89% querem escolher o novo presidente da República. Confira abaixo o texto divulgado pela CUT com os detalhes da pesquisa:

CUT/VOX: Cassação de Temer e Diretas Já! unem o Brasil
85% dos brasileiros querem que o TSE casse Temer e 89% querem escolher novo presidente

Pesquisa CUT-Vox Populi mostra que a insatisfação com o ilegítimo presidente Michel Temer (PMDB) e sua agenda de retirada de direitos sociais, previdenciários e trabalhistas é enorme e se traduz nos números da rejeição ao peemedebista e também dos que querem a sua cassação e eleições diretas para eleger o novo presidente.

Aumentou para 85% o total de brasileiros que querem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse Temer por irregularidades cometidas durante a campanha presidencial dele e de Dilma Rousseff, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 2 e 4 de junho. Apenas 8% são contrários à cassação. O TSE inicia nesta terça-feira (6) o julgamento da chapa Dilma-Temer, que pode decidir pela cassação.

Em caso de cassação ou renúncia, 89% querem eleições diretas para substituir o ilegítimo Temer.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os brasileiros querem eleger um novo presidente de forma democrática, via voto popular, com amplo debate sobre as propostas dos candidatos.

"Ninguém quer mais um golpe que coloque na presidência da República outro subordinado ao mercado".

"Além da tragédia do desemprego que está batendo à porta de mais de 14,5 milhões e meio de brasileiros, com os golpistas, seja Temer ou outro que ocupe seu lugar pelo voto indireto, corremos o risco de perder a aposentadoria, a CLT e programas sociais de combate a fome e a miséria", conclui Vagner.

Só 3% aprovam Temer

A avaliação negativa de Temer é unânime em todas as regiões do Brasil independentemente da classe social, idade e gênero, comprova pesquisa CUT/Vox realizada em 118 municípios do Brasil de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior.

Segundo a pesquisa, 75% dos brasileiros avaliam negativamente o desempenho de Temer como presidente. Para 20%, ele é regular e para apenas 3%, positivo. No Nordeste, o desempenho negativo atinge 83%, no Centro Oeste/Norte 74%, no Sudeste 73% e no Sul 68%.

Os mais críticos são os jovens: 77% consideram o desempenho de Temer negativo. Entre os adultos o percentual é de 76% e entre as pessoas com mais de 50 anos, 69%. Tanto homens (73%) quanto mulheres (77%) avaliam muito mal Temer. Entre as pessoas com renda de até 2 salários mínimos, a avaliação ruim sobe para 79%; entre os que ganham de 2 a 5 SM é de 75%, e mais de 5 SM 68%.

Com Temer, aumenta pessimismo e medo do futuro

Os brasileiros estão insatisfeitos com a vida que levam e mais pessimistas com relação ao futuro do País. 73% acreditam que o Brasil vai piorar com Temer (em abril o percentual era de 61%), 17% acham que vai ficar como está. Só 7% acham que o país vai melhorar.

Em relação à vida que levam hoje, 49% dos entrevistados estão insatisfeitos e 51% estão satisfeitos. Já com relação às perspectivas para 2017, apenas 33% acham que a vida vai melhorar; 34% acham que nem vai melhorar nem piorar; 23% acham que vai piorar; e, 10% não sabem ou não responderam.

Nem o bombardeio da grande mídia foi capaz de aumentar a esperança do povo com relação ao que pode acontecer de bom com Temer. Mesmo com todos os comentários e matérias falando da queda da inflação, 62% dos entrevistados acham que o custo de vida vai aumentar e 68% esperam mais aumento de desemprego nos próximos meses.

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Nº 21.566 - "Lula, de novo, responde por ter recebido o que não recebeu"

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05/06/2017

Lula, de novo, responde por ter recebido o que não recebeu

Do Tijolaço· 05/06/2017

bolha

Fernando Brito 
Os depoimentos dos executivos Alexandrino Alencar e João Alberto Louveira e de Emílio, o dono daOdebrecht, hoje, a Sérgio Moro, repetem o surrealismo do tal “triplex” do Guarujá.
Tal como ter recebido o apartamento que não recebeu, agora a acusação é de ter recebido um terreno para sediar o Instituto Lula, que igualmente não foi recebido.
Desta vez, com um agravante: a empreiteira confirma que Lula não aceitou, como não tinha pedido também.
O máximo de ligação que se consegue fazer com os desvios da Petrobras é um diretor que diz que “entende” que seria uma retribuição. Aliás, Louveira disse que a empresa pretendia vender ou alugar o prédio ao Instituto, havia sido comprado pela empresa para construir um imóvel no local e, depois, alugar ou vender ao Instituto Lula. “um negócio entre duas entidades privadas sem qualquer irregularidade”.
O crime de corrupção consiste em “solicitar ou receber” vantagens e nenhuma das testemunhas de acusação foi capaz de dizer que Lula solicitou ou recebeu qualquer coisa e nem sequer que tenha dado qualquer indicação de que tinha intimidade com qualquer negócio.
Os pedidos de ajuda em campanha, disse Emilio Odebrecht, jamais envolveram valores, propinas ou sugestão de caixa 2. Uma relação igual, disse ele, à que teve com outros presidentes, como Fernando Henrique Cardoso.
Não há mochilas, não há malas, não há “converse com fulano, que é de boa índole”.
Mas, claro, isso não vem ao caso.
Se quiser, você pode ver aqui os comentários da defesa de Lula.
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Nº 21.567 - "Perito da ONU alerta: Redução de direitos trabalhistas aumenta a desigualdade e não melhora a economia nem o emprego"

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05/06/2017

Perito da ONU alerta: Redução de direitos trabalhistas aumenta a desigualdade e não melhora a economia nem o emprego


Do Viomundo - 05/06/2017

O ajuste trabalhista não funciona 
por Juan Pablo Bohoslavsky*, especial para o Viomundo
Um grande número de países embarcou, nos últimos anos, em reformas de políticas e normas trabalhistas no sentido da austeridade com o objetivo de superar contextos econômicos recessivos ou prevenir crises financeiras.
Diante das reformas laborais em vigor e tomado por base a discussão no Brasil, gostaria de contribuir para o debate com algumas ideias que apresentei, em março deste ano, no relatório anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Geralmente essas reformas consistem em congelar ou reduzir salários, aumentar a jornada de trabalho, impor contratos precários, limitar os seguros para acidentes ou doenças ocupacionais, facilitar demissões e reduzir o número de funcionários públicos.
Também se incluem as reformas que afetaram os sistemas de negociação coletiva, por exemplo, restringindo o alcance dos acordos coletivos setoriais e a negociação ao âmbito do local de trabalho, ou permitindo a negociação com representantes alheios aos sindicatos.
Existe alguma evidência empírica de que a situação dos trabalhadores, dos desempregados ou da economia em geral melhore graças ao enfraquecimento dos direitos individuais e coletivos do trabalho?
São muitos os exemplos que demonstram que tais reformas contribuíram para aumentar a desigualdade, a precarização e informalização do emprego, estimularam a discriminação no mercado de trabalho contra mulheres, jovens, idosos e outras pessoas pertencentes a grupos sociais marginalizados, diminuindo a proteção social dos trabalhadores.
A ideia de que, em termos gerais, os direitos trabalhistas se exercem de em detrimento do desenvolvimento econômico tem sido questionada tanto no aspecto teórico quanto no plano empírico, e já se tem demonstrado de forma mais concreta que as reformas trabalhistas promovidas pelas políticas de austeridade geralmente não contribuem para a recuperação econômica.
Essas reformas não melhoram os resultados econômicos; pelo contrário, causam graves prejuízos aos trabalhadores, que seguirão sentindo seus efeitos por muitos anos.
A desregulamentação do mercado de trabalho não favorece o crescimento nem o emprego. Em um número cada vez maior se vem assinalando que as leis trabalhistas têm efeitos econômicos positivos, entre outras coisas, para a produtividade e a inovação.
Os especialistas têm demonstrado uma série de funções da legislação laboral que favorece a eficiência da economia, em vez de prejudicá-la. Entre outras coisas, a legislação trabalhista promove a planificação econômica, tanto dentro da empresa quanto no mercado.
Além disso, as leis referentes ao salário mínimo ou à proteção contra demissões frequentemente incentivam os empregadores a utilizar a mão de obra de modo mais eficiente, investir em tecnologia e esforçar-se para sua organização.
Leis trabalhistas também contribuem para a estabilização da demanda em épocas de recessão. Reconhece-se com frequência que a legislação trabalhista ajuda a corrigir as falhas do mercado e assumir um papel anticíclico.
Os efeitos econômicos de uma legislação trabalhista robusta têm aspecto positivo sobre a distribuição de renda. Por exemplo, em uma análise de dados de 20 países da OCDE não se encontrou nenhuma ligação entre o enfraquecimento das instituições do mercado de trabalho e uma redução do desemprego, enquanto se pode verificar que havia correlação entre a negociação coletiva e desemprego inferior.
Outros estudos têm demonstrado que as normas laborais geram efeitos positivos na produtividade e no emprego. Existe uma correlação positiva a longo prazo entre a legislação laboral, incluindo a regulamentação que protege os trabalhadores contra as dispensas imotivadas, e a produtividade.
Além disso, os dados mostram que uma jornada de trabalho mais curta implica em correspondente aumento de produtividade por hora de trabalho. Chegou-se a conclusões semelhantes sobre o impacto de certas normas laborais na abertura de novos empregos.
De acordo com uma análise relativa a quatro países da OCDE, realizada entre 1970 e 2002, um alto grau de proteção contra a demissão arbitrária incentivou a capacitação entre os empregados.
No que diz respeito aos países em desenvolvimento, os elementos que apontam para um impacto negativo de proteção laboral no desempenho econômico de um país parecem pouco contundentes. Os estudos sobre o Brasil, por exemplo, indicam que a desregulamentação do mercado de trabalho parece ter reduzido as elasticidades do emprego ao invés de aumentá-las.
Em um nível macroeconômico, parece claro que a pressão para a flexibilização dos mercados de trabalho, a fim de promover o crescimento impulsionado pelas exportações, leva à redução do consumo, de exportações líquidas e do emprego. A redução nas receitas de grandes setores da população resultante das reformas de flexibilização da legislação trabalhista provoca uma contração da demanda, o que acaba agravando a crise.
As crises econômicas e financeiras não são o resultado de uma regulamentação excessiva do trabalho, motivo pelo qual a desregulação laboral não ajuda a superá-las.
De fato, as reformas trabalhistas adotadas nos últimos anos no contexto das políticas de a usteridade não parecem ter ajudado os países a se recuperar nem permitido a restauração a um acesso ao emprego em nível equivalente à fase pré-crise. Em vez disso, eles minaram os direitos trabalhistas e outros direitos sociais consagrados no direito internacional e nacional.
O que realmente é necessário para promover o crescimento inclusivo são medidas de reforma baseadas no conteúdo normativo dos direitos trabalhistas consagrados no direito internacional e nos direitos humanos que fomentem a igualdade de gênero, favoreçam o emprego e proporcionem maiores oportunidades aos grupos e pessoas marginalizados para exercerem esses direitos.
Se a destruição dos direitos trabalhistas não leva a benefícios justificáveis, sequer para os que estão fora do mercado de trabalho, e se a redução dos direitos trabalhistas não permite maior gozo dos direitos econômicos e sociais de todas/os, nem impulsiona a recuperação econômica, tais medidas regressivas não podem ser consideradas respostas admissíveis para as crises econômicas e financeiras.
Isso reforça a ideia de que outros fatores estão por trás das reformas de desregulamentação e de destruição das normas de trabalho, como o viés ideológico e as intenções não declaradas de adotar medidas regressivas em matéria de distribuição.

Juan Pablo Bohoslavsky é perito Independente sobre Dívida Externa e Direitos Humanos da ONU

PS do Viomundo: Pela importância do autor e do tema, pedi a dois professores da área de Direito do Trabalho que revisassem a minha tradução: Jorge Luiz Souto Maior, da Faculdade de Direito da USP, e Gustavo Seferian, da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A eles, obrigadíssimaConceição Lemes

Nº 21.568 - "BRASIL COMEÇA A SE LIVRAR DE TEMER NESTA TERÇA"

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06/06/2017


BRASIL COMEÇA A SE LIVRAR DE TEMER NESTA TERÇA



Brasil 247 - 6 DE JUNHO DE 2017 ÀS 04:11


Beto Barata/PR
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O capítulo mais vergonhoso da história do Brasil, que foi o golpe dos políticos corruptos contra uma presidente legítima e honesta, pode chegar ao fim nesta semana, com o julgamento que pode cassar Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral; aprovado por apenas 3% dos brasileiros, Temer conquistou o poder por meio de uma articulação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o investigado por corrupção que entrou com a ação no TSE "só para encher o saco", e pelo seu parceiro e ex-deputado Eduardo Cunha, hoje condenado a mais de 15 anos de prisão; como resultado, a economia afundou, o Brasil perdeu toda a credibilidade internacional e a destruição de empregos foi a maior de todos os tempos; nos últimos dias, atingido por escândalos, Temer perdeu o apoio até de forças que apoiaram o golpe, como Globo e Folha, e seu destino está nas mãos da Justiça, não apenas a eleitoral

247 – O pesadelo Michel Temer pode começar a terminar na noite desta terça-feira, com o início do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, em que o relator Herman Benjamin deve propor a sua cassação.

Com isso, pode chegar ao fim o capítulo mais vergonhoso da história do Brasil, que foi o golpe dos políticos corruptos contra uma presidente legítima e honesta, chamada Dilma Rousseff.

Aprovado por apenas 3% dos brasileiros (confira aqui a mais recente pesquisa), Temer conquistou o poder por meio de uma articulação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o derrotado nas eleições presidenciais de 2014 que se tornou investigado por corrupção e que entrou com a ação no TSE "só para encher o saco", e pelo seu parceiro e ex-deputado Eduardo Cunha, hoje condenado a mais de 15 anos de prisão.

Como resultado da articulação golpista, a economia afundou, o Brasil perdeu toda a credibilidade internacional e a destruição de empregos foi a maior de todos os tempos.

Nos últimos dias, atingido por escândalos, Temer perdeu o apoio até de forças que apoiaram o golpe, como Globo e Folha, e seu destino está nas mãos da Justiça, não apenas a eleitoral.

No domingo, em editoriais, Globo e Folha defenderam a cassação de Temer ((leia aqui e aqui)). Empresários, como o bilionário Guilherme Paulus, afirmaram que ele se tornou um problema para a economia e pregaram sua renúncia (leia aqui). Nove de seus ministros são investigados e, mesmo que escape no TSE, Temer será o primeiro ocupante da presidência da República investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial.

Nesta terça, termina também o prazo para que ele responda as 84 questões formuladas pela Polícia Federal no inquérito sobre as delações da JBS. Hoje, a única preocupação do governo brasileiro é promover a defesa de quem conquistou o poder de forma ilegítima. No Brasil pós-golpe, tanto a Ordem dos Advogados do Brasil como o Conselho Federal de Economia defendem a saída de Temer.

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Nº 21.569 - "Temer nas cordas com seus estrategistas trôpegos, por Fernando Limongi"

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06/06/2017


Temer nas cordas com seus estrategistas trôpegos, por Fernando Limongi


Jornal GGN - TER, 06/06/2017 - 10:34


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Foto: Beto Barata/PR


Jornal GGN - No Valor Econômico, o professor da USP e pesquisador do Cebrap, Fernando Limongi, analisa as estratégias adotadas por Michel Temer para tentar esticar seu mandato no Palácio do Planalto.

O presidente tentou traçar um círculo para salvar os sobreviventes, mas acabou privilegiando alguns amigos e esquecendo de outros, como no caso de Osmar Serraglio, que recusou o cargo no Ministério da Transparência.

Limongi pontua que os estrategistas trôpegos de Temer resolveram que ainda não é hora de largar o osso, e o espetáculo que se anuncia é triste, principalmente com a prisão de Rocha Loures.

Além disso, a cruzada moralizadora da Lava Jato entra em declínio, já que seus efeitos não são animadores. A relação entre políticos e empresários não foi afetada, como ficou claro no caso da JBS, inclusive com preso que continuaram a receber propinas.

Leia mais abaixo: 
 
Do Valor 
 
 
por Fernando Limongi

Temer resiste. Nas cordas, acuado e de guarda baixa. Arma contra-ataques recorrendo a estrategistas trôpegos. Escutou, é certo, o especialista-mor em esticar mandatos por puro instinto de preservação. Trocou o ministro da Justiça para cumprir a missão que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) lhe destinou: traçar o círculo e salvar os sobreviventes. Na tacada, privilegiou alguns amigos e se esqueceu de outros. Moreira Franco, graças à edição de uma medida provisória de última hora, continua a gozar de foro privilegiado.

O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) teve o prazer de tomar a decisão que confirmou seu juízo. Ao recusar o ministério transparente que lhe impingiam, retirou o mandato e o foro de Rodrigo Rocha Loures cuja prisão fez com que o mandato do presidente passasse a depender inteiramente da sua boa índole. No caso, as boas relações e influência do ministro da Justiça, Torquato Jardim, não serão de grande serventia. De fato, os estrategistas do presidente não sabem pensar duas casas à frente.

O ambiente, portanto, é marcado pela mais pura manifestação de comportamentos irracionais. Difícil dar conta de um mundo habitado por lideranças com este grau de inconsistência em seus atos.

Os exemplos se multiplicam. O prêmio estrategista trôpego do ano, sem dúvida alguma, cabe ao senador afastado Aécio Neves (PMDB-MG), pela ação contra a chapa Dilma-Temer cujo objetivo era só "encher o saco". Neste caso, contudo, vale lembrar que Aécio não agiu sozinho, que mais gente participou e sustentou o plano. Na realidade, a ação original fora arquivada e coube a outro grande estratego recuperá-la e lhe dar vida nova, incluindo na denúncia os financiadores do próprio Aécio. Um gênio, pois não?

Os trôpegos decidiram que é cedo para largar o osso. Vão resistir. Convenceram o presidente Michel Temer a não jogar a toalha. O espetáculo que se anuncia é triste. Loures está preso e pode explicar para que e quem recebeu propina. Amanhã, Temer enfrenta o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral. Escapando destas ameaças, outras virão. Sem acordo sobre quem possa sucedê-lo, o presidente resiste encurralado nas cordas.

A sobrevida de Temer evidencia os limites da Operação Lava-Jato. A cruzada moralizadora entra em sua curva descendente. Seus efeitos, para além das prisões que realiza, não são assim muito animadores. Senão vejamos.

Primeiro porque não afetou a relação entre empresários e políticos. No auge da operação, a JBS continuou financiando políticos como financiava antes da primeira prisão decretada pelo juiz Sergio Moro. A simbiose foi mantida. As prisões e punições não se mostraram suficientes para alterar comportamentos e práticas arraigadas. Tudo como antes do Quartel de Abrantes. Aliás, o que se viu é que mesmo presos continuaram a receber propinas. Por que mudariam de comportamento? Como se diz, a oportunidade faz o ladrão e os promotores nada sabem sobre as oportunidades e, como mostra a lei pela qual tanto se batem, nem querem saber. Para eles, o remédio é aumentar seu poder para prender e punir.

Em segundo lugar, a Lava-Jato mostrou-se incapaz de gerar um movimento politico em prol de seus ideais, quaisquer sejam eles. Os movimentos de apoio à cruzada moralizante, como o "Vem pra Rua" e o "MBL", resolveram abandonar a cena pública. Ensaiaram indignação ao ouvir as gravações entre Temer e Joesley Batista, somente para, nos dias seguintes, desmobilizar seus seguidores com desculpas esfarrapadas. Nas duas últimas semanas, nem isto. Nem se deram ao trabalho de se justificar. Sumiram do mapa.

Pelo jeito, a indignação moralizadora tem cores partidárias e escolhe os inimigos. Ou pelo menos quem os impulsionava, com recursos e facilidades de toda ordem, preferiu ver seu eleito apanhando nas cordas ao risco das incertezas que se abririam com sua queda.

Moro, que em sua estratégia sempre soube necessário mobilizar a opinião em seu apoio, com certeza deve ter notado a mudança de ares. Quando Dilma Rousseff estava nas cordas e o movimento das ruas perdia força, jogou suas cartas decisivas (a condução coercitiva de Luiz Inácio Lula da Silva e a liberação da gravação das conversas entre a presidente e o ex-presidente) para obter o apoio que selou o destino de Dilma e salvou sua operação caça-corruptos. Convocou seus apoiadores a ir à rua e eles compareceram em número recorde. À época, está claro, Moro contou com o apoio dos que hoje se voltam contra ele e sua operação.

O destino de Moro e de sua operação, tudo indica, é o mesmo das Mãos Limpas. A coalizão pró-moralização desfez-se e, como sua inspiradora, para além do rastro de prisões e punições, pouco deixará de construtivo.

O governo Temer, como seu antecessor, foi reduzido a frangalhos. As denúncias de que é alvo são contundentes, muito mais que qualquer acusação feita a Dilma enquanto esta governava. Como não há quem o suceda e possa oferecer a segurança que o círculo de Jucá exige, Temer vai ficando. Os que se apresentaram ao cargo acabaram descartados, seja porque igualmente tóxicos ou porque demasiadamente despreparados para a missão. Se não tem tu, vai com tu mesmo.

As perspectivas não são nada animadoras. O PT, de sua parte, também não se esforça por derrubar Temer e, ao clamar por eleições diretas que sabe ser inexequíveis, faz a marola ao gosto da militância, enquanto participa do jogo armado pela turma de Jucá. Ganha tempo e aposta na costura do acordão redentor.

Temer, na melhor das hipóteses, como seu conselheiro José Sarney, perde por pontos, arrastando-se até o último round. Assistiremos uma luta inglória e inútil. Como diz o vulgo: quem pariu Mateus que o embale.

A Lava-Jato e a luta pela moralização da política perderam força e apoio entre os dispostos a ir para a rua. O ímpeto se foi. Para a maioria, o que havia por fazer já foi feito e é hora de tocar a vida. Se livraram do PT, mas sobraram com Temer, trôpego, surrado, apoiado nas cordas, desferindo golpes a esmo para evitar a queda. A derrota é inevitável. Na melhor das hipóteses, por pontos, ao final do mandato.


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Fernando Limongi é professor do DCP/USP e pesquisador do Cebrap.
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Nº 21.570 - "Eduardo Alves é o segundo conspirador contra Dilma a ser preso; desconhece 832 mil dólares depositados em conta dele na Suiça"

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06/06/2017


Henrique Eduardo Alves é o segundo conspirador contra Dilma a ser preso; desconhece 832 mil dólares depositados em conta dele na Suiça

Do Viomundo - 06 de junho de 2017 às 08h53

 
Vejam quem quer tirar a Dilma. Primeiro, Temer; segundo, Eduardo Cunha; terceiro, Geddel (Vieira Lima); quarto, Henrique Eduardo Alves; quinto, Wellington Moreira Franco, que foi governador deste estado. Ex-presidente Lula, em discurso em abril de 2016

O ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) afirmou em defesa apresentada à Justiça Federal de Brasília que terceiros depositaram e movimentaram, sem o conhecimento dele, US$ 832.975,98 (correspondentes a R$ 2,5 milhões) em uma conta bancária na Suíça. Do G1

O momento nacional coloca agora o PMDB, o meu partido há 46 anos, diante do desafio maior de escolher o seu caminho, sob a presidência do meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer. Em carta ao deixar o governo Dilma, em março de 2016



Polícia Federal prende ex-ministro Henrique Eduardo Alves


CAMILA MATTOSO
 e BELA MEGALE
, na Folha

A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (6) o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte e é um desdobramento das delações da Odebrecht.

Há também mandado de prisão contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Paraná por decisão do juiz Sergio Moro desde outubro do ano passado.

Henrique Eduardo Alves, que sempre fez parte do núcleo de confiança de Temer, pediu demissão em junho de 2016, após ser citado em delações.

O ex-ministro foi o terceiro a deixar o governo interino de Temer, apenas em 34 dias de gestão. Antes dele, foram demitidos Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência), após o vazamento de gravações em que ambos criticaram a operação Lava Jato.

O secretário de Turismo de Natal, Fred Queiroz, também foi preso na operação. O cunhado de Henrique Alves, o publicitário Arturo Arruda, foi alvo de condução coercitiva.

A operação desta terça foi batizada como Manus e apura supostos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

A investigação se baseia em provas da Lava Jato que apontam que Alves e Cunha receberam suborno na construção da Arena das Dunas, estádio construído em Natal para a Copa do Mundo.

De acordo com a apuração da Polícia Federal e do Ministério Público, houve sobrepreço de R$ 77 milhões no valor da obras, com favorecimento de duas grandes construtoras.

Os pagamentos ocorreram como doação eleitoral oficial, entre 2012 e 2014. Os valores, segundo os investigadores, omitiam subornos e, em um dos casos, eram desviados em benefícios pessoais.

MISTÉRIO

Em junho do ano passado, a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou o ex-ministro sob suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A acusação teve como base informações repassadas pelo Ministério Público da Suíça, que identificou uma conta secreta do peemedebista em instituição financeira daquele país.

A conta descoberta tinha um saldo de mais de R$ 2 milhões.

De acordo com as investigações que embasaram a operação desta terça (6), Henrique Alves emprestou a conta para que Cunha pudesse receber a propina, desviada de contratos em obras públicas.

O ex ministro havia afirmado à época que não tinha ideia de como o dinheiro foi parar na conta.

Além das delações da Odebrecht, houve afastamento de sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos.

Os alvos responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

O nome Manus é uma referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”: uma mão esfrega a outra, uma mão lava a outra.

A Polícia Federal afirma que cerca de 80 policiais cumprem 33 mandados judiciais, sendo cinco mandados de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e outros 22 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e Paraná.

OUTRO LADO

A defesa de Henrique Alves informou que não vai se manifestar até o momento por não ter informações sobre a operação que envolve seu cliente.

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Nº 21.571 - "No mercado, tanto faz quem governe, importa é o rentismo mandar"

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06/06/2017



No mercado, tanto faz quem governe, importa é o rentismo mandar


Do Tijolaço - 06/06/2017


goldgovern

Fernando Brito
O “mercadismo”, sempre tão festejado pela mídia e tratado com leniência pelos “moderninhos” gerou uma camada de bandidos que despreza a democracia e vê este país e seu povo apenas como objetos de saque.
Leiam o que diz hoje a coluna de Sonia Racy, no Estadão, sobre o que pensam da mais grave crise institucional vivida pelo Brasil.
O que se percebe, nesses meios financeiros, é que pouco importa se um eventual sucessor do presidente – caso este saia – se chame Rodrigo Maia, Tasso Jereissati, FHC, Nelson Jobim ou quem mais entrar na briga.
Na lei da bolsa, tudo fica ótimo,se economia mantiver o rumo
 O que predomina, para esses atores do mercado, é a certeza de que, no caso de eleição indireta, quem ficar no lugar de Temer não terá coragem de mexer na atual equipe econômica.

Essa “turma da bufunfa”, que ganhou dinheiro a rodo com a prosperidade do Brasil nos governos de Lula, agora diz, segundo Racy, que entraria em pânico  se houver “alguma chance de Lula voltar à cena”, mas  que “se o petista for condenado em segunda instância, o mercado dispara”.

Já se vê do lado de quem os nossos “moralistas atuam”: o do dinheiro grosso.

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Nº 21.572 - "Paim: querem colocar fogo na CLT!"

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06/06/2017

Paim: querem colocar fogo na CLT!


Reforma (sic) trabalhista é golpe mortal nos direitos




Conversas Afiada - publicado 06/06/2017

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"Eu considero um golpe mortal em tudo o que construímos", afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS), ao apresentar hoje (6) voto em separado sobre o projeto (PLC 38) de "reforma" da legislação trabalhista. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ele questionou praticamente todo o substitutivo aprovado na Câmara, elaborado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), a quem, sem dar o nome, chamou de "pessoa não grata".
"Acho que esse cara achou que a gente não ia ler (o texto do substitutivo)", disse Paim. Para ele, qualquer proposta de "modernização" deveria abolir, em vez de ampliar, "formas precárias e arcaicas" de trabalho. Durante quase três horas, o senador apontou "malandragens", "maldades" e inconstitucionalidades no texto e considerou a reforma "inaceitável, fruto de uma concepção de sociedade inaceitável, arcaica e reacionária". "A Câmara errou, o Senado não pode errar", emendou, afirmando que querem "pôr fogo" na CLT. Desta vez, a sessão na CAE ocorre em clima de tranquilidade, após episódios de brigas e bate-boca que chegaram a interromper a audiência, duas semanas atrás.
Segundo o senador e ex-sindicalista, "a prevalência do negociado sobre o legislado, na ausência de outras condições necessárias, trará elevados riscos para os trabalhadores e para a própria relação capital e trabalho". Trata-se, acrescentou Paim, "de uma reforma que não apenas favorece o empregador, mas acima de qualquer coisa o mau empregador".
O relator na CAE, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), derrubou as mais de 200 emendas apresentadas pelos colegas e manteve o texto como veio da Câmara, onde foi aprovado como PL 6.787. Segundo ele, há um "acordo" com o Planalto para que seis itens sejam vetados, com a edição de uma ou mais medidas provisórias. A oposição discordou dessa estratégia, que visa a evitar o retorno do projeto à Câmara.
Ao iniciar seu voto paralelo, Paim recitou os primeiros versos do poema Mãos Dadas, de Carlos Drummond (começa com "Não serei o poeta de um mundo caduco/ Tampouco cantarei o mundo futuro"). E terminou citando, segundo ele, o empresário norte-americano Henry Ford: "O empresário inteligente é aquele que respeita e paga bem o seu trabalhador". Para o parlamentar, a proposta, do jeito que veio da Câmara, leva o país para o período anterior a Getúlio Vargas.
Ele comentou o substitutivo item por item, como o trabalho intermitente e o fim da obrigatoriedade de realizar a rescisão contratual no respectivo sindicato profissional, em caso de dispensa depois de mais um ano de casa. "Gravíssimo", afirmou Paim, para quem as novas regras fragilizam o trabalhador demitido. O projeto da Câmara também permite rescisão "de comum acordo" entre empregador e funcionário, com pagamento de metade do aviso prévio e da multa do FGTS.
Sobre a terceirização, que passa a ser ampla, o senador afirmou que a mudança contraria o próprio discurso empresarial, de que a modalidade permitira dar foco à atividade-fim. Agora, a própria atividade principal pode ser terceirizada.
Ele fez referência sobre outro item, sobre a jornada in itinere (trajeto de casa para o trabalho, e vice-versa), que para Paim pode, como vários outros, aumentar o número de ações trabalhistas. "Deixa margem para a interpretação que o tempo gasto da portaria, onde você bate o cartão, até o posto de trabalho também não será mais considerado, como é hoje." Defensor do chamado Sistema S, Paim, trabalhador metalúrgico de Canoas, se emocionou ao falar de sua formação no Senai e de seus pais.
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que Paim não apresentou um voto em separado, que pudesse passar por votação. "Foi uma justificativa de voto."Às 13h15, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) iria iniciar a leitura de seu voto em separado. Passando pela CAE, o projeto trabalhista deverá ser apreciado ainda por duas comissões (Assuntos Sociais e Constituição, Justiça e Cidadania).
Representantes das centrais sindicais, como o presidente da CUT, Vagner Freitas, acompanham a sessão no Senado. Em reunião ontem, as entidades apontaram o próximo dia 30 como data indicativa para uma nova greve geral contra as reformas e pela saída de Michel Temer.
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Nº 21.573 - "AS PERGUNTAS DA PF A TEMER. LEIA, NA VERSÃO ENTREGUE À REDE GLOBO"

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06/06/2017


AS PERGUNTAS DA PF A TEMER. LEIA, NA VERSÃO ENTREGUE À REDE GLOBO


DO TIJOLAÇO· 06/06/2017  FERNANDO BRITO


O G1 divulgou 82 perguntas pela Polícia Federal no “interrogatório por escrito” apresentado a Michel Temer. Uma cópia foi entregue à Rede Globo e divulgada pela repórter Camila Bonfim
A quantas ele responderá?
Leia as questões do “vestibular da queda”:
1. Qual a relação de Vossa Excelência com Rodrigo da Rocha Loures?
2. Desde quando o conhece? Já o teve como componente de sua equipe de trabalho? Quais os cargos ocupados por ele, diretamente vinculados aos de Vossa Excelência?
3. Rodrigo da Rocha Loures é pessoa da estrita confiança de Vossa Excelência?
4. Vossa Excelência confirma ter realizado contribuição financeira à campanha de Rodrigo da Rocha Loures à Câmara dos Deputados, nas eleições de 2014, no valor de R$ 200.650,30? Quais os motivos dessa doação?
5. Vossa Excelência realizou contribuições a outros candidatos nessa mesma eleição? Se a resposta for afirmativa, discriminar beneficiários e valores.
6. Vossa Excelência gravou um vídeo de apoio à candidatura de Rodrigo da Rocha Loures à Câmara dos Deputados em 2014. Fez algo semelhante em prol de outro candidato? Quais?
7. Rodrigo da Rocha Loures, mesmo após ter assumido vaga na Câmara dos Deputados, manteve relação próxima com Vossa Excelência e com o Gabinete Presidencial?
8. Vossa Excelência confirma ter estado com Joesley Batista, presidente do Grupo J&F Investimentos S/A em 7 de março de 2017, no Palácio do Jaburu, em Brasília, conforme referido por ele em depoimento de fls. 42/51 dos autos do Inquérito nº 4483?
9. Qual o objeto do encontro e quem o solicitou a Vossa Excelência?
10. Rodrigo da Rocha Loures teve prévio conhecimento da realização desse encontro?
11. Por qual motivo a reunião em questão não estava inserida nos compromisso oficiais de Vossa Excelência?
12. Vossa Excelência tem por hábito receber empresários em horários noturnos sem prévio registro em agenda oficial? Se sim, cite ao menos três empresários cm quem manteve encontros em circunstâncias análogas ao de Joesley Batista, após ter assumido a Presidência da República.
13. Vossa Excelência já havia encontrado Joesley Batista fora da agenda oficial? Quando, onde e qual o propósito do(s) encontro(s)?
14. Em pronunciamento público acerca do ocorrido, Vossa Excelência mencionou que considerava Joesley Batista um “conhecido falastrão”. Qual o motivo, então, para tê-lo recebido em sua residência, em horário, prima facie, não usual, em compromisso extraoficial e sem que o empresário tivesse sido devidamente cadastrado quando ingressou às instalações do Palácio do Jaburu (segundo as declarações do próprio Joesley Batista)?
15. Vossa Excelência aventou a possibilidade de realizar viagem a Nova York, no período de 13 a 17 de maio de 2017? Rodrigo da Rocha Loures chegou a comentar com Vossa Excelência sobre o interesse de Joesley Batista de encontra-lo na sede da JBS, naquela cidade?
16. Vossa Excelência sabe se o ex-ministro Geddel Vieira Lima mantinha encontros ou contatos com o empresário Joesley Batista, segundo referido por este às fls. 42/51? Se sim, esclarecer a finalidade desses encontros?
17. Vossa Excelência tem conhecimento se o Ministro Eliseu Padilha mantinha encontros ou contatos com o empresário Joesley Batista, segundo referido por este às fls. 42/51? Se sim, esclarecer a finalidade desses encontros?
18. No mesmo depoimento de fls. 42/51, Joesley Batista disse ter informado Vossa Excelência, no encontro, sobre a cessação de pagamentos de propina a Eduardo Cunha e da manutenção de mensalidades destinadas a LÚCIO BOLONHA FUNARO, ao que Vossa Excelência teria sugerido o prosseguimento dessa prática. Em seguida, o empresário afirmou “que sempre recebeu sinais claros de que era importante manter financeiramente ambos e as famílias, inicialmente por GEDDEL VIEIRA LIMA e depois por MICHEL TEMER para que eles ficassem ‘calmos’ e não falassem em colaboração premiada”. Vossa Excelência confirma ter recebido de Joesley Batista, na conversa havida no Palácio do Jaburu, a informação de que ele estaria prestando suporte financeiro às famílias de LÚCIO FUNARO e de Eduardo Cunha, como forma de mantê-los em silêncio? Em caso de resposta negativa, esclareceu a Joesley Batista, na ocasião, que não tinha qualquer receio de eventual acordo de colaboração de LÚCIO FUNARO ou de Eduardo Cunha?
19. Existe algum fato objetivo que envolva a pessoa de Vossa Excelência e seja passível de ser revelado por LÚCIO BOLONHA FUNARO ou Eduardo Cunha, em eventual acordo de colaboração?
20. Vossa Excelência sabe de algum fato objetivo que envolva o ex-ministro GEDDEL VIEIRA LIMA e que possa ser mencionado em acordo de colaboração premiada que eventualmente venha a ser firmado por LÚCIO BOLONHA FUNARO ou por Eduardo Cunha?
21. Vossa Excelência conhece LÚCIO BOLONHA FUNARO? Que tipo de relação mantém ou manteve com ele? Já realizou algum negócio jurídico com LÚCIO BOLONHA FUNARO ou com empresa controladas por ele? Quais?
22. LÚCIO BOLONHA FUNARO já atuou na arrecadação de fundos a campanhas eleitorais promovidas por vossa Excelência ou ao PMDB quanto Vossa Excelência estava à frente da sigla? Se sim, especificar a(s) campanha(s).
23. Joesley Batista também aduziu no depoimento de fls. 42/51 que Vossa Excelência se dispôs a “ajudar” Eduardo Cunha no Supremo Tribunal Federal, através de dois Ministros que lá atuam? Vossa Excelência confirma isso? Se sim, de que forma prestaria tal ajuda? Quais eram esses dois Ministros?
24. Joesley Batista afirma, no depoimento de fls 42/51, que RODRIGO ROCHA LOURES foi indicado por Vossa Excelência, em substituição a GEDDEL VIEIRA LIMA, como interlocutor ao Grupo J&F Investimentos S/A. Vossa Excelência confirma tê-lo indicado para tal função? Se sim, quais temas estavam compreendidos nessa interlocução?
25. Vossa Excelência já indicou RODRIGO DA ROCHA LOURES para atuar como interlocutor do Governo Federal em alguma questão?
26. Vossa Excelência sabe se RODRIGO DA ROCHA LOURES efetivamente reuniu-se com Joesley Batista, aós o encontro mantido entre Vossa Excelência e esse empresário, no Palácio do Jaburu? Se sim, qual a finalidade do encontro?
27. Rodrigo da Rocha Loures reportou a Vossa Excelência algum assunto tratado com Joesley Batista? Quais?
28. Vossa Excelência esteve com Rodrigo da Rocha Loures após a conversa mantida com Joesley Batista, em 7 de março de 2017? Se sim, aponte, com a máxima precisão possível, quando e onde se deram tais encontros.
29. Recorda-se de Joesley Batista, na conversa mantida com Vossa Excelência no Palácio do Jaburu, ter feito comentários acerca do comando do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), assim como da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Receita Federal do Brasil? Qual o interesse manifestado pelo empresário acerca desses órgãos?
30. Vossa Excelência teve ciência, através de Rodrigo da Rocha Loures, do interesse do Grupo J&F Investimentos S?A em questão submetida ao CADE, envolvendo o setor de energia? Quais informações foram levadas a Vossa Excelência?
31. Vossa Excelência determinou a Rodrigo da Rocha Loures que interviesse junto ao CADE no sentido de atender a interesses do Grupo J&F Investimentos S/A?
32. Vossa Excelência tomou conhecimento (antes da divulgação jornalística) de encontros mantidos entre Rodrigo da Rocha Loures e Ricardo Saud, diretor do grupo J&F Investimentos S/A? Se sim, soube do encontro antecipadamente? Qual a pauta dessas reuniões?
33. Vossa Excelência compareceu à inauguração da Casa Japão, em São Paulo, em 30 de abril de 2017. Rodrigo da Rocha Loures viajou com Vossa Excelência no avião presidencial? Se sim, Rodrigo da Rocha Loures reportou a Vossa Excelência , durante a viagem, detalhes dos encontros que tivera com Ricardo Saud, executivo do Grupo J&F Investimento S/A, naquela mesma semana? Se sim, em que termos foi o relato?
34. Vossa Excelência soube que Ricardo Saud, em encontros realizados em 24 e 28 de abril de 2017, expôs a Rodrigo da Rocha Loures, em detalhes, um “esquema” envolvendo o pagamento de vantagens indevidas decorrente da suposta intervenção do então parlamentar junto ao Cade, em prol dos interesses do Grupo J&F Investimentos S/A?
35. Em caso de resposta negativa, o que tem a dizer acerca desse episódio, mesmo que dele tenha tomado conhecimento somente por sua veiculação na imprensa?
36. Rodrigo da Rocha Loures chegou a levar ao conhecimento de Vossa Excelência a disponibilidade do grupo J&F Investimentos S/A em fazer pagamentos semanais que girariam entre R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), por conta da resolução da questão que estava em trâmite no Cade?
37. Vossa Excelência soube, também por Rodrigo da Rocha Loures, que tais pagamentos semanais estavam garantidos até dezembro do corrente ano e, a depender da extensão do contrato firmado entre empresa do Grupo J&F Investimentos e a Petrobras, poderiam se prolongar por até vinte e cinco anos?
38. Caso não tenha tomado conhecimento, Vossa Excelência acredita que Rodrigo da Rocha Loures possa ter participado de tais tratativas com o Grupo J&F Investimentos S/A com intuito de obter exclusivamente para si as quantias que, na hipótese da mencionada dilação contratual, chegariam pelo menos à casa dos R$ 600.000.000,00 (seiscentos milhões de reais)?
39. Vossa Excelência tomou conhecimento (antes da divulgação na imprensa) do recebimento, por Rodrigo da Rocha Loures, de R$ 500.000,00 (quinhentos mil erais) do Grupo J&F Investimentos S/A, em São Paulo, em 28 de abril de 2017? O que tem a dizer sobre tal fato (ainda que tenha tomado conhecimento do mesmo pela imprensa)?
40. Após a divulgação desses fatos pela imprensa, que demonstraram a participação inequívoca de Rodrigo da Rocha Loures em conduta aparentemente criminosa, Vossa Excelência manteve algum contato com ele, seja diretamente, seja por interpostas pessoas? Se sim, por qual meio e qual finalidade do contrato?
41. Ricardo Saud, em depoimento prestado na Procuradoria-Geral da República, conforme vídeo já amplamente divulgado, afirmou que tratou com Rodrigo da Rocha Loures sobre os repasses semanais já mencionados, mas ressaltou, categoricamente, que o dinheiro era direcionado a Vossa Excelência. O que Vossa Excelência tem a dizer a respeito?
42. Vossa Excelência considera a hipótese de Rodrigo da Rocha Loures ter usado o nome de Vossa Excelência para obter valores espúrios do grupo J&F Investimentos S/A?
43. Vossa Excelência conhece Ricardo Saud? Qual a relação que mantém com ele?
44. Vossa Excelência já esteve com Ricardo Saud em alguma ocasião? Onde e qual o motivo do encontro?
45. Já solicitou ou recebeu algum valor através de Ricardo Saud, pretexto de contribuição de campanha?
46. Vossa Excelência, em campanhas eleitorais nas quais foi candidato, recebeu alguma contribuição financeira de empresas pertencentes ao Grupo J&F Investimentos S/A? Discriminar as campanhas, os valores, quem os solicitou e como foram encaminhados (se via diretórios ou diretamente)
47. Vossa Excelência tem alguém chamado “Edgar” no universo de pessoas com quem se relaciona com certa proximidade? Se sim, identificar tal pessoa, mencionando a atividade profissional, eventual envolvimento na atividade partidária, descrevendo, ainda, a relação que com ela mantém.
48. Vossa Excelência conhece Antônio Celso Grecco, proprietário do Grupo Rodrimar, de Santos/SP? Qual relação mantém com ele?
49. Vossa Excelência já recebeu alguma contribuição financeira para fins eleitorais de ANTÔNIO CELSO GRECCO, da empresa RODRIMAR ou de alguma outra empresa a ela vinculada? Quando e qual o valor?
50. Vossa Excelência recebeu alguma reivindicação dessa empresa, ou de outra igualmente atuante no segmento de portos, relacionada à questão do “pré-93”? Se sim, em que termos?
51. Vossa Excelência tem conhecimento se RODRIGO DA ROCHA LOURES recebeu alguma reivindicação da RODRIMAR ou de outra empresa igualmente atuante no segmento de portos, relacionada a esse tema?
52. RODRIGO DA ROCHA LOURES chegou a demonstrar a Vossa Excelência interesse pela questão do “pré-93”?
53. Rodrigo Rocha Loures tem alguma relação com empresas do setor portuário?
54. Vossa Excelência tem relação de proximidade com empresários atuantes no segmento portuário, especialmente de Santos/SP?
55. Vossa Excelência conhece Ricardo Mesquita, vinculado à Rodrimar? Que relação mantém com tal pessoa?
56. Rodrigo da Rocha Loures mencionou a Vossa Excelência o fato de ter encontrado Ricardo Mesquita no mesmo dia (e local) em que esteve reunido Ricardo Saud? Se sim, qual o propósito do encontro com Ricardo Mesquita?
57. Vossa Excelência conhece João Batista Lima Filho, coronel inativo da Polícia Militar de São Paulo? Qual relação mantém com ele?
58. João Batista Lima Filho já teve alguma atuação em campanha eleitoral promovida por Vossa Excelência? Qual a fundação desempenhada por ele?
59. João Batista Lima Filho já atuou na arrecadação de valores a eventual campanha política de Vossa Excelência ou ao PMDB de São Paulo?
60. Joesley Batista afirmou que desde a assunção de Vossa Excelência como Presidente da República, vinha mantendo contatos com o ministro Geddel Vieira Lima. Vossa Excelência tinha conhecimento desses encontros? A que se destinavam?
61. O empresário referiu também que vinha ‘falando’ com o ministro Eliseu Padilha. Vossa Excelência tinha conhecimento desses contatos?
62. Quando Joesley Batista perguntou como estava a relação de Vossa Excelência com o ex-deputado Eduardo Cunha, Vossa Excelência menciono “o Eduardo resolveu me fustigar”, aludindo, em seguida, a questionamentos que ele havia proposto ao juiz Sérgio Moro, em seu interrogatório realizado na 13ª Vara Federal, em Curitiba/PR. Imediatamente, Joesley Batista, referiu que havia “zerado as pendências” (presumivelmente em relação a Eduardo Cunha) e que perdera o contato com Geddel, “o único companheiro dele”, não mais podendo encontra-lo, ao que Vossa Excelência fez o comentário “é complicado”. A quais pendências se referiu Josley Batista?
63. Geddel Vieira Lima efetivamente mantinha relação próxima a Eduardo Cunha?
64. Vossa Excelência via algum inconveniente na realização de encontros entre Joesley Batista e Geddel Vieira Lima? Qual o motivo de ter classificado a situação exposta como “complicada?
65. Em seguida, Joesley Batista, em outros termos, mencionou que investigações envolvendo Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima haviam tangenciado o Grupo J&F Investimentos S/A, afirmando, com conotação de prevenção, que estava “de bem com o Eduardo”, ao que Vossa Excelência interveio com a colocação “tem que manter isso, viu?”, tendo o empresário complementado dizendo “todo mês”.
71. Se, no entando, Vossa Excelência confira ter entendido, naquele momento, o imediato sentido que emana das expressões usadas pelo empresário, explique o porquê de não ter advertido Joesley Batista quanto à gravidade daquela revelação, e também, por qual razão não levou ao conhecimento de autoridades a ilícita ingerência na prestação jurisdicional e na atuação do Ministério público que lhe fora narrada por Joesley Batista?
72. Mais à frente, em contexto diverso, Joesley Batista aparentemente procurou estabelecer (ou restabelecer) um canal de contato com Vossa Excelência: “queria falar como é que é, para falar contigo, qual melhor maneira? Porque eu vinha através do Geddel, eu não vou lhe incomodar, evidentemente”. Vossa Excelência confirma ter mencionado Rodrigo de Rocha Loures nesse momento?
73. Qual função ele deveria efetivamente exercer?
74. Joesley Batista já conhecia Rodrigo Rocha Loures?
75. No tocante à menções feitas pelo empresário à nomeação de presidente do Conselho Administrativo de Defesa econômica (CADE), Vossa Excelência sugeriu a Joesley Batista que procurasse o novo Presidente do CADE para ter uma “conversa franca” com ele? Qual o exato significado dessa orientação?
76. Vossa Excelência, naquele momento, tinha conhecimento de algum interesse específico de Joesley no âmbito do CADE?
77. Joesley Batista mencionou também que o Presidente da Comissão de Valores Milionários (CVM) estava por ser “trocado” e que se tratava de “lugar fundamental”. Vossa excelência, então, orientou o empresário para que falasse com “ele. A quem Vossa Excelência se referiu?
78. Qual a legitimidade de Joesley Batista para interceder (ou tentar, ao menos) na nomeação do novo presidente da CVM?
79. Em seguida, Joesley Batista referiu a importância de um “alinhamento” com o ministro Henrique Meirelles, ao que Vossa Excelência manifestou concordância. Qual o sentido da expressão “alinhamento”?
80. Vossa Excelência autorizou que Joesley Batista apresentasse pontos de interesse ao Ministro Henrique Meirelles? Quais? Vossa Excelência tem conhecimento se isso realmente ocorreu?
81. Joesley Batista também mencionou determinada operação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que tinha dado certo, sendo que Vossa Excelência manifestou ter conhecimento do tema, mencionando, inclusive, que havia falado com “ela” a respeito. Qual importância referida pelo empresário?
82. A pessoa aludida por Vossa Excelência no contexto é Maria Silvia Bastos Marques, ex-Presidente do BNDES? O que solicitou a ela?
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Nº 21.574 - "Delegado da PF disseca ‘aberrações’ e ‘primarismo’ da Lava Jato"

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06/06/2017


Delegado da PF disseca ‘aberrações’ e ‘primarismo’ da Lava Jato


Do Cafezinho - Postado em Redação


Imagem: Pragmatismo Político 


Do Jornal GGN.

“Moro sabia”. Contradições da subjetividade do saber

por Armando Rodrigues Coelho Neto

Por mais de três décadas servi à Polícia Federal. Entre as diversas atividades, estivemos à frente de uma delegacia, cujos agentes, sob nossa responsabilidade iam para as ruas com Ordens de Missão de nossa unidade. Conforme determinações, tinham o dever de realizar diligências x ou y. Em outras palavras, iam para as ruas em nome do que era correto, legal, escrito na ordem recebida. O resultado do trabalho deles era examinado por outros profissionais. Estes, por sua vez, frente a um trabalho em aparente conformidade da lei, emitiam pareceres que serviriam de suporte para emissão de certificados que eram assinado por pelo chefe da unidade. No caso, este escrevinhador. Isso significava, em muitas vezes, quase mil assinaturas.

Era humanamente impossível um único servidor entrar em pormenores das centenas de relatórios produzidos por aqueles agentes externos e internos, de forma que, se na origem, alguma ilegalidade fosse cometida no meio da rua não seria de nosso conhecimento. Desse modo, como regra, trabalhávamos todos “Em confiança”, partindo do princípio de que todos estavam trabalhando corretamente. Uma conferência por amostragem estava longe de evitar que falhas ocorressem – graves ou não. Para nossa felicidade, nada ocorreu que precisasse ser objeto de investigações, punições. De qualquer modo, convenhamos, não é a regra.

Imaginem, por exemplo, que um dos agentes resolvesse pedir ou exigir dinheiro em nosso nome para obter certificado? E se ele recebesse? E se ao receber ele abrisse uma conta no nome dele? E se ele próprio fizesse depósito e retiradas e dissesse que o dinheiro era para o chefe da delegacia? Indo mais longe, vamos presumir que ele tivesse uma agenda, fizesse retirada e anotasse como se fosse para o seu chefe? Indo mais longe, vamos supor que isso fosse uma prática corriqueira de muitos anos. Um chefe de delegacia, que mal conseguia analisar todos os processos, precisava assinar em confiança, teria condições de conhecer particularidades da vida do servidor corrupto?

A citação ao micro universo que conheci, dentro da Polícia Federal, vem a propósito das reiteradas afirmações do ex-presidente Lula quanto às “meninices” praticadas pelos representantes do Ministério Público Federal. Para ele, típicas demonstrações de inexperiência, falta de intimidade com a rotina da Presidência da República, tais como escolha de ministros, aprovação de projetos, etc. O fato é que alheios a tais práticas, vem levando os oficiantes da Farsa Jato cometerem aberrações interpretativas, baseadas em sofismas com resultado dedutivo primário. Deduções precárias e fanfarrônicas que eclodiram com a tal teoria do domínio do fato.

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Na medida em que se parte de raciocínios tão primários, permito descer a esse primarismo para lembrar um engenhoso exemplo de sofisma encontrável nas redes sociais. “As galinhas tem dois pés. Os homens têm dois pés. Logo, os homens são galinhas”. Sim, é verdade que galinhas e homens terem dois pés são fatos verdadeiros. Entretanto, o uso dessas duas verdades não tornam a conclusão verdadeira. Do mesmo modo, “se todo político é ladrão”, e Lula é político, logo ele é ladrão. Mas, se partíssemos do princípio de que nem todo político é ladrão, talvez fosse possível concluir que Lula, mesmo sendo político, não seria necessariamente ladrão.

Os raciocínios dedutivos e conjecturais da Farsa Jato, além dos sofismas, muito se assemelham aos joguinhos de circunstâncias dos romances de Agatha Christie. Os mais afetos ao trabalho da autora sabem que ela era capaz de oferecer elementos para que diversos personagens se tornassem suspeitos de um crime. Só que as novelinhas policialescas engendradas pela PF/MPF/JF estão muito aquém das ficções criadas pela brilhante ficcionista. Razão cabe ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, quando usa a expressão “meninice dos procuradores”. Nossos avós talvez fossem até mais agressivos e diriam que quem usa cuida…

Seguindo esse rol de obviedades, no curso dos trabalhos da Farsa Jato nomes ligados ao PSDB sempre foram citados. O nome de Aécio foi certamente um deles. Mas, mesmo assim o juiz Sérgio Moro minimizou as referências tirando fotografias ao lado de Aécio – candidato da Globo, emissora, aliás, que vive em débito com os cofres públicos, mas que Moro não achou nada demais receber dela honrarias. Hoje, quando fatos graves envolvem a figura de Aécio, fosse o leitor seguir o mesmo raciocínio primário da Farsa Jato, poderia seguir a teoria da Veja e concluir facilmente que “Moro sabia”.

O mesmo raciocínio pode ser aplicado às falcatruas hoje atribuídas ao impostor Temer, personagem com quem o juiz Sérgio Moro também se permitiu ser fotografado. Mais que isso, Eduardo Cunha teria tentado mostrar a esse mesmo juiz o que Temer teria feito no verão passado. Mas, ao que consta, o magistrado teria indeferido nada menos que 21 questões que comprometeriam Fora Temer. Desse modo, cumpre retornar a questão ao leitor: – é licito concluir que Moro sabia? É lícito deduzir que Moro teria tentado proteger o usurpador da Faixa Presidencial? Seriam essas circunstâncias conhecidas e provadas que nos permitiriam conclusões? Que belo PowerPoint daria tudo isso! Quando a boa exegese e hermenêutica jurídicas são abandonada e ganha tonalidade partidária, gira em torno de holofotes e tietagens de pop star, a Justiça começa a ficar caolha.

Nº 21.575 - "Jorge Solla: 'Lava Jato' americana foi resolvida em 15 dias, sem nenhuma demissão"

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07/077/2017


Jorge Solla: “Lava Jato” americana foi resolvida em 15 dias, sem nenhuma demissão



Do Cafezinho - 07/077/2017 - Escrito por Miguel do Rosário, Postado em Cafeína

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) contou, em sua participação no programa Cafeína desta semana, que os Estados Unidos viveram, recentemente, um escândalo igual ou maior que a Lava Jato: uma empreiteira envolvida em corrupção. Mas lá a coisa foi resolvida de maneira completamente diferente. 15 diretores foram imediatamente afastados. Não houve uma demissão. Nenhuma obra foi paralisada. Enquanto isso, no Brasil, a Lava Jato foi usada para subsidiar um golpe de Estado, dura já há três anos, e promoveu a maior destruição econômica da história do país.

Assista abaixo a íntegra da entrevista.

Nº 21.576 - "Xadrez da incógnita militar e do pós-Temer"

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08/06/2017

Xadrez da incógnita militar e do pós-Temer


Xadrez da incógnita militar e do pós-Temer


Jornal GGN - QUI, 08/06/2017 - 07:03


Luis Nassif


Peça 1 – Michel Temer, presidente que mente

Michel Temer mente tão desbragadamente, que transforma em pecado capital até mentiras desnecessárias.

Para pegá-lo em mentiras, não há necessidade de engenho, nem de arte. Basta apontar uma suspeita, esperar o desmentido e apresentar a prova ou testemunho.

Confira no que ele transformou um episódio de carona em jatinho:

1. Informa-se que ele e família viajaram para Comandatuba no jatinho da JBS, quando já era vice-presidente. Uma falta média.
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2. O Palácio nega qualquer viagem. Sustenta que a única viagem na época foi em avião da FAB. Apresentado o plano de vôo da aeronave, volta atrás. Foi a primeira mentira.

3. Admite, então, que voou, mas sem saber o nome do dono do avião. Além de mentiroso, revela-se tolo.

4. Em sua delação, Joesley Batista contou que Marcela Temer foi recebida com flores despertando ciúmes em Temer. Para aplacar a ira de Otelo, o comandante informou que foi presente da mãe de Joesley. Temer telefonou então para a matriarca para agradecer. Passou por duplamente mentiroso e duplamente tolo.

Peça 2 – os tsunamis pela frente


Tudo isso acontece antes da delação de Rodrigo Loures Júnior, do doleiro Lúcio Funaro e provavelmente de Eduardo Cunha, antes de se saber mais detalhes das delações não divulgadas da JBS e antes do STF (Supremo Tribunal Federal) julgar a nomeação de Moreira Franco e, derrubando-a, se tornar mais um candidato à Papuda. Sem contar a delação de Antonio Pallocci, que poderá provocar um furacão no sistema financeiro.

Quem aposta que Michel Temer ficará até o fim do interinato? Ninguém. Sua frase altissonante - "só se me matarem" - é ridícula. Basta mostrar que é desonesto e que mente.

O governo tem reagido com um festival de factoides. Ontem, mesmo, fontes do Palácio acionaram seus jornalistas para espalhar que Rodrigo Janot tinha pedido autorização para colocar escuta ambiental no Palácio. O factoide não durou uma hora. Passou por dois repórteres oficialescos e se perdeu nas brumas da fantasia.

É questão de tempo para o Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot denunciar Michel Temer. Aí a bola passa para o Congresso, que precisa autorizar por 2/3.

Parte do Congresso foi comprada pela camarilha de Temer. São deputados montados em aparelhamento de cargos públicos, em negócios com leis, à luz do dia, e com a cabeça a prêmio se perderem o poder.

Como será resolvido o impasse? O STF (Supremo Tribunal Federal) vai enfrentar? O Congresso vai reagir?

Peça 3 – as vozes dos quartéis


Vive-se um quadro de ampla desordem institucional, um tiroteio sem fim entre o Executivo, Congresso, Ministério Público, Supremo, Tribunal Superior Eleitoral, acirrado pela reforma trabalhista e da Previdência. Externamente, uma indignação popular que se alastra, que já resultou em uma greve geral, resultará em outra.

A grande incógnita é como o único poder silencioso – o militar – se manifestará.

No comando das Forças Armadas se tem um militar legalista, o general Eduardo Villas Boas. No Gabinete de Segurança Institucional outro nem tanto, o general Sérgio Etchegoyen.

As discussões políticas internas, que se consegue acompanhar em alguns sites especializados, mostram dois temas bastante sensíveis à corporação: a corrupção e os resquícios da guerra fria.

Recentemente, foi divulgada a reunião do Comandante do Exército com representantes de alas político-militares, os generais da reserva Alberto Cardoso, ligado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Augusto Heleno, que sempre defendeu protagonismo maior das Forças Armadas, Bolívar Goellner, ligado a Etchegoyen e o general de divisão Rocha Paiva, teórico militar.

Os conceitos de "guerra híbrida” já foram assimilados pelos estrategistas militares. Sabe-se que há movimentos internacionais que, através de redes sociais, provocam burburinhos populares, as chamadas primaveras, e que por trás há posições nitidamente antinacionais, interessadas no pré-sal, na derrocada das empresas brasileiras, na venda das terras a estrangeiros.

Os diagnósticos divergem quanto às motivações.

Parte dos analistas entende se tratar de movimentos conduzidos por grandes corporações e governos estrangeiros ligados ao grande capital. Parte vê traços da influência russa e dos chamados países bolivarianos.

Em uma dessas análises, o observador juntava os quebra-paus em Brasília com as denúncias aos organismos internacionais de direitos humanos e a supostas ofensivas diplomáticas de vizinhos bolivarianos. Dizia que 24 de maio marcou oficialmente o início da guerra híbrida.

Nota-se que ao pouco conhecimento que o mundo externo tem da corporação militar, corresponde o pouco conhecimento da corporação sobre o mundo externo.

De todo modo, é esse tipo de sentimento que explica a ideia fixa do ex-chanceler José Serra e de seu alter ego Aloysio Nunes Ferreira, de insistir na guerra diplomática com a Venezuela.

Não se trata meramente de condenar o governo venezuelano, mas de conduzir uma cruzada, transformar em tema único da diplomacia brasileira. Em parte, se explica pela absoluta carência de conhecimento e de projeto diplomático. Mas, seguramente, o que mais pesa é a tentativa de se aproximar de segmentos militares anti-bolivarianistas.

Ao estimular a Lava Jato, foram devorados pelas investigações. Mas a síndrome do escorpião não os abandona.

Ainda há carência de informações para um diagnóstico mais preciso sobre os rumos dos ventos na caserna. Mas, como em política não existe o vácuo, não custa prestar atenção.

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