Quantcast
Channel: ContrapontoPIG
Viewing all 8073 articles
Browse latest View live

Nº 21.537 - "O fantasma que assombra Temer"

$
0
0
.
01/06/2017

O fantasma que assombra Temer


Brasil 247 - 1 de Junho de 2017

Marcelo Camargo/Agência Brasil


Wadih Damous


Wadih DamousTemer e boa parte de seus ministros e assessores, que ocupam o governo de forma ilegítima depois do golpe de estado que cassou o mandato da presidenta Dilma, têm emitido nítidos sinais de que estão dispostos a tudo para não perderem seus mandatos.

Para Temer, é uma questão de vida ou morte, ou melhor, de presidência ou cadeia. Ele sabe que, uma vez defenestrado do cargo, o risco de ser preso torna-se iminente, já que não só perde o foro privilegiado como também deixa de se beneficiar das restrições que a legislação prevê para investigações e processos envolvendo o presidente da República.

Essa apreensão é compartilhada por larga parcela dos titulares da Esplanada dos Ministérios, igualmente dependentes do foro especial para se manterem em liberdade. Por isso, mandaram às favas quaisquer escrúpulos de natureza ética ou republicana, no vale tudo para salvar seus pescoços da guilhotina.

A movimentação de Temer e seus homens de confiança nos subterrâneos da política, ou mesmo sob a luz do sol, só faz com que se dissemine cada vez mais entre os brasileiros e as brasileiras a convicção de que o país está no fundo do poço, entregue a políticos inescrupulosos, cuja obsessão é a garantia da impunidade. Para que esse objetivo seja alcançado, o exercício dos altos cargos da República funciona como uma couraça de proteção.

Nessa toada, de nada valem flagrantes, gravações, filmagens, confissões, evidências, denúncias, malas de dinheiro sendo transportadas pelo país, encontros na calada da noite e sinais exteriores de riqueza. O governo contrapõe cada acusação com versões inverossímeis, e até mesmo patéticas, dos fatos. Pouco importa o aprofundamento do caos político, institucional, social e econômico do país.

Contando com a conivência e a cumplicidade de setores influentes do monopólio da mídia, os golpistas não hesitam em pressionar juízes do TSE para tentar evitar a cassação, contratar peritos de duvidosa reputação com o propósito de desmoralizar áudios de conteúdo devastador, exonerar e nomear ministros para assegurar a prerrogativa de foro do homem da mala de Temer, além de lançar mão de toda sorte de chantagens e ameaças aos parlamentares que ameaçam debandar da base de apoio.

Seria uma rematada bobagem esperar de um político do padrão moral rasteiro de Temer um gesto de grandeza como a renúncia em prol do país. Cego pela obsessão de se manter no poder sobre pau e pedra, as mais de 100 mil pessoas que protagonizaram a bela manifestação pelas Diretas Já, na praia de Copacabana, no último domingo, nem de longe mereceram sua atenção.

Só que, pelo andar da carruagem, com o potencial de crescimento que tem a campanha pelas Diretas Já, quando Temer resolver enxergá-la, já será tarde demais. Para ele.


WADIH DAMOUS. Deputado federal pelo PT/RJ e ex-presidente da OAB/RJ
.

Nº 21.538 - "Jornalistas ocupam prédio da JBS em BH que é prova da corrupção que une Aécio e a mídia. Por Joaquim de Carvalho"

$
0
0


01/06/2017

Jornalistas ocupam prédio da JBS em BH que é prova da corrupção que une Aécio e a mídia. Por Joaquim de Carvalho



Do Diário do Centro do Mundo -  1 de junho de 2017


Jornalistas ocupam o prédio da JBS em BH, que era do jornal Hoje Em Dia


Por Joaquim de Carvalho


Joaquim de Carvalho
Jornalistas ocuparam na manhã desta quinta, dia 1º, o prédio onde funcionava o jornal Hoje em Dia, em Belo Horizonte.

O imóvel, que está desocupado, pertencia à Ediminas, empresa que editava o jornal e quebrou.

Era um bem que poderia garantir o pagamento do salário dos profissionais de imprensa e as verbas de demissão.

Mas Aécio Neves, ao pressionar Joesley Batista para comprar o prédio a preço superfaturado em 2015, impediu a execução do bem e ficou com o dinheiro que poderia servir para pagar os ex-empregados.

Com a ocupação do prédio, os jornalistas pretendem mostrar que não houve apenas crime de corrupção com o negócio.

Houve fraude ao credor.

Os donos do imóvel tentam defender Aécio da acusação de que o dinheiro da venda teria ido para ele.

Mas o advogado dos ex-empregados procurou o dinheiro nas contas da empresa e de seus proprietários, mas não encontrou nada.

Na delação premiada, Joesley Batista não deixa dúvida sobre quem ficou com o dinheiro:

Eu acabei, através da compra de um prédio, não sei como lá em Belo Horizonte, por 17 milhões, esse dinheiro chegou nas mãos dele.

O prédio valia bem menos. O diretor da JBS Ricardo Saud, que também prestou depoimento em colaboração com a Justiça, disse o seguinte a respeito da venda do prédio.

Esse prédio é o seguinte… O Aécio, desculpa a palavra, virou uma sarna em cima do Joesley. Ficava ligando: ele, a irmã, o primo, pra mim, pro Joesley… 24 horas… que ele saiu da campanha devendo demais, que precisava acertar a vida dele… que tava com dificuldade muito grande, que não tinha como não fazer e tal.

O procurador da república que tomou o depoimento perguntou:

— Pedindo dinheiro?

Ricardo respondeu:

— Pedindo dinheiro… dinheiro… dinheiro… propina… dinheiro não, propina. Propina… Propina…

Uma evidência de que era mesmo propina é que a J&F não está usando o prédio para nada. Ele está fechado.

Aécio Neves e a irmã, Andrea, impuseram um clima de terror na imprensa de Minas Gerais, que impediu a publicação de qualquer reportagem, artigo ou nota que contrariassem seus interesses.

Com o negócio do prédio do jornal Hoje em Dia, agora se vê que a relação entre eles e os empresários da imprensa ia muito além das questões editoriais.

O negócio sujo envolvendo a venda do prédio do jornal Hoje em Dia é exemplar porque revela um tipo de relação entre esquemas de governo como o de Aécio e a imprensa brasileira.

Com certeza, vai muito além das questões editoriais e não fica restrito a Minas Gerais.

Por trás de cada editorial favorável, pode-se apostar que, de forma direta ou indireta, tem dinheiro.

Já passou da hora de investigar a fundo todos os crimes dos irmãos Neves.

E os empresários da imprensa também têm contas a pagar.





Joaquim de Carvalho. Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquimgilfilho@gmail.com

.

Nº 21.539 - "Governo Temer impede convocação de ministro para explicar insultos do Itamaraty à ONU e OEA"

$
0
0


01/06/2017


Governo Temer impede convocação de ministro para explicar insultos do Itamaraty à ONU e OEA


Jornal GGN - QUI, 01/06/2017 - 14:20


aloysio-nunes-fabio_rodrigues_pozzebom_abr.jpg
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Do Viomundo
 
por Conceição Lemes

Deputado Paulão: Nota do Itamaraty à imprensa “rompe com tradições diplomáticas do Ministério, denotando sua instrumentalização político-partidária”
Mesmo em fim de feira, a base parlamentar golpista do usurpador Michel Temer (PMDB) tem atuado sistematicamente na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados para impedir a convocação de membros do governo para dar explicações sobre condutas, no mínimo, inapropriadas.
Na reunião dessa quarta-feira (31/05),  quando se decidiu a pauta de junho, a prática  se repetiu  com dois requerimentos.
Um deles,  o  do deputado federal  Padre João (PT-MG), pedia a  convocação do ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho.
Objetivo: esclarecer o edital de pregão eletrônico nº 07/2017, para contratar por  R$ 78 milhões anuais (valor estimado) empresa privada para monitoramento de desmatamentos da Amazônia, entre outras atividades.
O outro, o do  deputado Paulão (PT-AL), presidente da CDHM, convocava o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, para audiência pública conjunta com as comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.
Objetivo: prestar esclarecimentos sobre a Nota à Imprensa nº 163, de  26 de maio de 2017, na qual o Itamaraty  insulta o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
ONU Direitos Humanos e a OEA condenaram  firmemente a escalada das violações dos direitos humanos no Brasil de Temer, mostrando que os organismos internacionais têm pleno conhecimento do que está acontecendo no Brasil.
O Itamaraty não gostou de ver fatos tão bárbaros escancarados ao mundo.
Teve um verdadeiro chilique, para tentar mostrar o contrário, desqualificando inclusive os dois organismos internacionais.
Eu, Conceição Lemes, diria que foi um tiro no pé. Vestiu a carapuça.
O requerimento de convocação de Aloysio Nunes feito pelo deputado Paulão vai na jugular:
A Nota rompe com as tradições diplomáticas do Ministério, denotando sua instrumentalização político-partidária por um governo sem legitimidade democrática e sem compromisso com os interesses nacionais, colocando em risco as boas relações que o Brasil sempre buscou manter com os organismos internacionais das mais diversas áreas.
A justificativa do deputado Paulão para a convocação de Aloysio é factual, um primor. Vale a pena ser lida. É um retrato deste momento. Confira:
No dia 24 de maio de 2017, em Brasília, um ato público pela renúncia do presidente da República e pela subsequente convocação de eleições diretas foi interrompido pela ação desproporcional e violenta das forças de segurança do Estado. Como resultado, houve o registro de 49 feridos, um deles por arma de fogo, e sete detidos.
Face às inúmeras ações brutais de agentes estatais naquele dia, muitas registradas em vídeo e amplamente divulgadas pela mídia e nas redes sociais, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, dois dos principais organismos internacionais afetos à temática dos Direitos Humanos no mundo, emitiram comunicado conjunto de imprensa, em que:
“(…) exortam ao Estado do Brasil a regularizar os procedimentos policiais que envolvem o uso da força respeitando os estândares internacionais em matéria de direitos humanos, cumprindo com os princípios da legalidade, necessidade e proporcionalidade que devem guiar o uso da força por parte de agentes de segurança do Estado. De acordo com os estândares internacionais, o uso da força por parte dos corpos de segurança deve estar definido pela excecionalidade, e deve ser planejado e limitado proporcionalmente pelas autoridades”.
No comunicado, os organismos internacionais apontam que os trágicos eventos do dia 24 de maio não se tratam de um caso isolado e demonstram profunda preocupação com a situação dos Direitos Humanos, como um todo, no país. Por este motivo, citam dois casos recentes do uso excessivo de força por parte das forças de segurança do Estado brasileiro, quais sejam, a chacina de trabalhadores rurais pela polícia, ocorrida em Pau D´Arco, no Pará; e a remoção forçada de dependentes químicos nas ruas de São Paulo.
A percepção de que há um caráter sistêmico nos ataques aos direitos do povo brasileiro desde o advento do Impeachment não é algo inaudito ou sem fundamento. A ofensiva contra direitos fundamentais tornou-se parte fulcral da agenda do governo ilegítimo, seja explicitamente, como nas impopulares reformas estruturais impostas à base da força e da desinformação, seja de forma velada pela criminalização de movimentos sociais e pelo reiterado desrespeito da liberdade de livre manifestação em todas as partes do país.
Em resposta ao comunicado conjunto em questão, no dia 26 de maio foi publicada a lamentável Nota à imprensa nº 163 do Itamaraty. Expressões como “leviandade” e “cinicamente”, entre outras, foram utilizadas para insultar organismos internacionais que agiram estritamente de acordo com suas competências e legitimidade. Em flagrante ato de destemperança, desrespeitando as tradições diplomáticas brasileiras, o atual Ministro das Relações Exteriores, Sr. Aloysio Nunes Ferreira, instrumentalizou o Itamaraty para uma retaliação desarmônica com os princípios contidos no Artigo 4° da Constituição Federal, que orienta as relações internacionais do Brasil, assim como com diversos tratados internacionais dos quais o País é signatário.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos é um dos órgãos cuja legitimidade deriva diretamente da Carta das Nações Unidas, assinada pelo Brasil em 1945, tornando-o um dos 51 Estados-membros fundadores das Nações Unidas. O Itamaraty, cujos bons serviços prestados ao povo brasileiro são imensuráveis, sempre se valeu da condição de membro fundador da ONU para, seguindo o princípio da cooperação entre os povos viabilizado mediante a instituição dos organismos internacionais, buscar de forma incansável a promoção dos interesses nacionais no sistema internacional.
A atitude facciosa do Sr. Aloysio Nunes Ferreira, no afã de defender um regime que rejeita valores democráticos, rompe com as tradições diplomáticas do Ministério que chefia, tradições que constituem verdadeiros bens públicos, formas de operar na sociedade internacional já intrinsecamente conectados aos interesses nacionais brasileiros.
Há, por tudo que já foi apresentado, inegável interesse público de que sejam fornecidos os devidos esclarecimentos por parte do Ministro das Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Sr.  Aloysio Nunes Ferreira, a respeito da Nota à imprensa nº 163 do Itamaraty.
Esta Comissão, com base no Artigo 58 da Constituição Federal e no Artigo 24 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, em seu Inciso IV, convoca o supramencionado ministro de Estado para prestar, pessoalmente, no âmbito de audiência pública conjunta da CDHM e da CREDN, informações a respeito dos insultos proferidos contra o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e contra a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
São com esses propósitos que apresento este requerimento na expectativa de contar com acolhida de todos os nossos pares na CDHM.
A base golpista do usurpador Temer, claro, agiu para impedir a convocação  dos dois ministros.
O máximo que a oposição conseguiu foi transformar a convocação em convite.
Consequentemente, tudo pode acontecer.
Desde Sarney Filho e Aloysio protelarem, até o governo Temer cair, e eles juntos.
Até comparecerem, tomarem o café da tarde com os demais golpistas da comissão, e saírem sem esclarecer nada.
.

Nº 21.540 - "Carta do povo brasileiro ao ex-presidente Lula"

$
0
0

02/06/2017

..............Carta do povo brasileiro ao ex-presidente Lula


Do Cafezinho - 02/06/2017 Escrito por , Postado em Redação
Foto: Ricardo Stuckert
Depois de sua Carta ao Povo Brasileiro, de 2002, onde prometia manter a estabilidade econômica, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ontem, na abertura do 6º Congresso Nacional do PT, uma Carta do Povo Brasileiro.
Em vídeo produzido pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), são mostrados depoimentos de trabalhadores sobre o legado de Lula e seu papel na luta pelos direitos sociais. “Lula é o maior lutador de todos os tempos para a classe trabalhadora”, resume o pedreiro Leonel Pacheco.
O fim do vídeo mostra Lula afirmando, em discurso, que voltará a ser candidato à Presidência. “Tô me preparando pra voltar a ser candidato a presidente desse país. Nunca tive tanta vontade como tenho agora, vontade de fazer mais, de fazer melhor, e provar mais uma vez que se a elite brasileira não tem competência pra consertar esse país, o metalúrgico de quarto ano primário vai provar que é possível consertar esse país”. Assista o vídeo abaixo:


Nº 21.541 - "A traição da entrega da Base de Alcântara aos EUA, segundo Miguel Nicolelis"

$
0
0

02/06/2017


A traição da entrega da Base de Alcântara aos EUA, segundo Miguel Nicolelis


Do Cafezinho 01/056/2017Escrito por , Postado em Redação
Foto: FAB

Considerado um dos maiores cientistas do mundo, primeiro brasileiro a ter um artigo publicado na capa da revista Science, o neurocientista Miguel Nicolelis não poupou críticas a decisão do governo brasileiro de ceder o Centro de Alcântara, no Maranhão, para os Estados Unidos lançarem foguetes.

“A entrega da Base de Alcântara é mais um crime de traição contra o patrimônio tecnológico do povo brasileiro! Até quando vamos permitir isso?”, questiona Nicolelis, que, em outro twitter, questiona: “sabe quando países como China, Índia e Rússia iriam entregar suas bases espaciais a preço de banana? Nunca!!! Mais um crime de lesa-pátria cometido!”

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou ontem que o governo brasileiro vai permitir que os Estados Unidos lancem foguetes da base do Maranhão, considerada de ótima localização por estar próxima à linha do Equador. Israel, Rússia e França já manifestaram interesses de usar a base.

A ideia do governo é preparar um projeto de lei que autorize o Brasil a ceder o uso da base a estrangeiros. Projeto parecido já foi apresentado no Congresso em 2001, mas acabou retirado da pauta.

“Não é possível que a comunidade científica brasileira fique calada com a decisão de aniquilar o programa espacial brasileiro. Custo a crer!”, continua Nicolelis. Ainda no twitter, o cientista aproveitou para lembrar que o Brasil “nunca esclareceu as causas do acidente que vitimou vários heróis anônimos do programa espacial na base de Alcântara! Hora de reabrir caso!”

Nº 21.542 - "CONVERSA COM TURMA DE TEMER POR SKYPE PODE LEVAR LOURES A SER PRESO"

$
0
0


Conversa com turma de Temer por Skype pode levar Loures a ser preso

temerlouresavi

Fernando Brito 

Uma nota da repórter da Globonews, Andrea Sadi, no G1, pode acelerar a decisão do ministro Luiz Edson Fachin sobre o pedido de prisão do ex-assessor de Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, flagrado carregando uma mala com R$ 500 mil da JBS. Ela diz que “para driblar monitoramento da Polícia Federal, auxiliares de Temer têm usado o Skype para falar com Rocha Loures”.
Ora, se a notícia é verdadeira, a menos que os tais “auxiliares de Temer” sejam patetas ao ponto de contarem como é a “comunicação secreta” do o “homem da mala”, a informação só pode ter partido da Polícia Federal ou de Procuradoria Geral da República.
E, neste caso, será usada para mostrar que há combinações – ou tentativas de – para obstruir o curso das investigações.
Se é que Loures não aprendeu a lição de Joesley Batista e gravou a conversa como o “temerista” no Skype.
.

Nº 21.543 - Aécio faz petista de moleque de recados para Pimentel: “Fala para ‘o nosso amigo’ mandar ele dar uma baixada na bola”. Ele é Rogério Correia: “Aécio canalha!”; ouça o áudio

$
0
0

02/06/2017

Aécio faz petista de moleque de recados para Pimentel: “Fala para ‘o nosso amigo’ mandar ele dar uma baixada na bola”. Ele é Rogério Correia: “Aécio canalha!”; ouça o áudio

Do  Viomundo - 01 de junho de 2017 às 17h51 

por Conceição Lemes
Os grampos telefônicos de Aécio Neves (PSDB-MG), feitos com autorização judicial, estão revelando a truculência nua e crua do senador afastado, que até agora era “privilégio” dos que ousassem contrariá-lo e denunciar seus malfeitos.
Mostram que bateu o desespero no ex-presidente nacional do PSDB, que sempre foi blindado pela esmagadora maioria do Judiciário e pela mídia ideológica ou comprada a peso de ouro.
Agora, com a justiça pela primeira vez no seu calcanhar, Aécio partiu a intimidação direta, na tentativa de  limpar a sua barra.
Fez isso com o governador tucano Beto Richa. Cobrou do colega do Paraná que faça seu chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, recuar das críticas públicas que lhe fez em vídeo publicado na internet.
Outro alvo de suas cobranças é o deputado federal Gabriel Guimarães de Andrade (PT-MG), líder do governo de Minas Gerais na bancada federal .
Em áudio a que tivemos acesso, Aécio trata-o como um moleque de recados para o governador Fernando Pimentel (PT-MG), a quem chama de Fernando.
Dura 4min8s.
Começa com Aécio atendendo a secretária que lhe repassou a ligação do deputado petista.
Aécio: Oi, alô…
Secretária: O deputado Gabriel, e aproveitando para a ministra Carmen Lúcia deixei recado, tá.
Aécio: Falou.
Aécio: Alô, alô…
Gabriel: Oi, amigo, você está bom?
Aécio: Tudo. E você?
Primeiro, Aécio trata da exigência do governo Temer de Minas vender a Copasa e a Cemig, para negociar a dívida do Estado.
O deputado diz que governo de Minas não tem interesse em aderir ao pacote do governo federal.
Aécio manda então seu primeiro recado a Pimentel —  a quem chama de “nosso amigo”: diz estar disposto a dar uma articulada com outros partidos para resolver a situação.
Depois, o segundo.
Aécio: Eu sei que é muito complicado os doidos de cada lado tem que estar administrando…
Dá uma ligada pra ele, manda dar uma baixada na bola.
(…)
Gabriel (sem que Aécio mencione o nome de Rogério Correia, mostra que sabe muito a quem o tucano se refere): Eu não tenho relação com o Rogério Correia, não, mas eu falo com o Fernando…
Aécio: É com o Fernando mesmo.
Rogério Correia é o combativo deputado estadual pelo PT de Minas.
Graças a Rogério, os desmandos de Aécio não foram para debaixo do tapete.
Aécio queixa-se de, a pedido de Rogério, o Ministério Público de Minas ter reaberto dois procedimento para investigá-lo: o da Cidade Adminstratiba e da propina da Andrade Guiterrez, via jornal Hoje em Dia.
Agora, mais espantosa do que a ousadia de Aécio, enviando ordens ao governador Fernando Pimentel,  é reação do petista Gabriel Guimarães, que se presta a um jogo sujo contra um colega de partido.
Ouça com atenção o áudio.
“Aécio canalha!, reage, indignado, Rogério Correia, ao ouvir a gravação, que até então desconhecia.
“Deu golpe com Temer, Cunha e Gilmar Mendes e agora pede socorro no PT, que chamou de organização criminosa”, acusa em entrevista exclusiva ao Viomundo
“Ainda bem que o governador Fernando Pimentel nunca me pediu nada para este golpista!”, garante.
“Incrível a caradura do Aécio. Ele ameaça o governador com o seus ‘cachorros doidos’ e agora vem com essa. Não é à toa que em Minas Gerais todos comentam que a operação Acroônimo é uma armação da turma do Aécio contra o Pimentel”.
“Além de tudo, o senador afastado é mentiroso! A prática de colocar parentes no governo é dele. Que ele não me meça com a régua dele.”
“Quanto ao Gabriel, só posso dizer que está em péssima companhia e muito cordato”, arremata.
.

Nº 21.544 - "GRAMPO FLAGRA MOREIRA NEGOCIANDO ENTREVISTA DE TEMER EM TROCA DE ANÚNCIO"

$
0
0

02/06/2017


GRAMPO FLAGRA MOREIRA NEGOCIANDO ENTREVISTA DE TEMER EM TROCA DE ANÚNCIO


Brasil 257 - 2 DE JUNHO DE 2017 ÀS 14:49


Grampos da Polícia Federal revelam telefonemas do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral de Governo) e um executivo da TV Record negociando uma entrevista de Michel Temer na emissora em troca de publicidade da Caixa Econômica Federal, segundo reportagem do portal BuzzFeed Brasil, que divulgou o áudio do diálogo; a conversa aconteceu com Douglas Tavolaro, sobrinho do bispo Edir Macedo e vice-presidente de jornalismo do grupo; pedido da emissora acabou sendo negado pela área técnica do banco e a entrevista não foi realizada


2 DE JUNHO DE 2017 ÀS 14:49


247 - Grampos da Polícia Federal revelam telefonemas do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral de Governo) e um executivo da TV Record negociando uma entrevista de Michel Temer na emissora em troca de publicidade da Caixa Econômica Federal.

A conversa aconteceu com Douglas Tavolaro, sobrinho do bispo Edir Macedo e vice-presidente de jornalismo do grupo, segundo matéria do site BuzzFeed Brasil,  que divulgou o áudio do diálogo.

O pedido da emissora foi negado pela área técnica da CEF e a entrevista não foi realizada. De acordo com a Caixa, o pedido foi feito pelo próprio Moreira Franco. Os áudios dão a entender que havia o aval de Temer para a realização da barganha. Em abril, mês em que ocorreu o grampo no telefone do senador Aécio Neves, Temer realizou várias entrevistas à imprensa: na TV Bandeirantes, duas ao SBT, além de rádios e agência de notícias.

Aécio foi monitorado por conta do pedido de propina de R$ 2 milhões para o empresário Joesley Batista, da JBS. O áudio indica qual a demanda da Record: um “assunto paralelo” na Caixa. Na conversa com Moreira Franco, o senador tucano usa a expressão “entrar no circuito com o cara da Caixa”. Aécio, então, manda o executivo da Record tratar do tema com Moreira Franco.


.
.


Nº 21.545 - "Aécio debocha do STF"

$
0
0

02/06/2017

Aécio debocha do STF


Brasil 247 - 1 de Junho de 2017

 

Jeferson Miola


Aécio Neves exibiu-se no facebook com a fotografia da "reunião" que manteve com senadorestucanos na sua residência em Brasília.

Ele assim descreveu o evento: "Reuni-me na noite desta terça-feira, 30/05, com os senadores Tasso Jereissati, Antonio Anastasia, Cássio Cunha Lima e José Serra. Na pauta, votações no Congresso e a agenda política".

A reunião teve claríssimos propósitos parlamentares e partidários – segundo o próprio Aécio, "Na pauta, votações no Congresso e a agenda política". O evento caracteriza a desobediência da ordem do STF, que no dia 17/5/2017 suspendeu seu mandato de senador.

No despacho que suspendeu o mandato do presidente do PSDB, o juiz Edson Fachin explicou que só não decretou a prisão preventiva no próprio dia 17 de maio por motivos puramente formais, embora considerasse "imprescindível" decretá-la:

"Quanto ao parlamentar, todavia, embora considere, como mencionado, imprescindível a decretação de sua prisão preventiva para a garantia da ordem pública e preservação da instrução criminal, reconheço que o disposto no art. 53, § 2o , da Constituição da República, ao dispor que 'desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável'...".

Fachin decidiu suspender o exercício do mandato para impedir "sua utilização para a prática de infrações penais":

"o que se tem em mesa é medida cautelar que não implica a restrição de liberdade, mas a suspensão do exercício das funções do mandato parlamentar, nos termos do art. 319, VI, do Código de Processo Penal, que prevê a 'suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais'".

Em várias passagens do despacho, Fachin sublinha o poder de influência do Aécio para prejudicar as investigações e para continuar as práticas delituosas:

"Ademais, tratando-se o Senador Aécio Neves de político proeminente no cenário nacional, presidente de importante partido político da base de sustentação do governo, com notória influência no âmbito das importantes decisões do Poder Legislativo e Executivo, revelam-se insuficientes para a neutralização de suas ações [criminosas], bem como das pessoas das quais se serve para a prática das condutas acima explicitadas, medidas diversas da prisão.

Percebe-se, a partir dos elementos probatórios acima mencionados, que o Senador Aécio Neves demonstra, em tese, muita preocupação e empenho na adoção de medidas que de alguma forma possam interromper ou embaraçar as apurações das práticas de diversos crimes, o que além de ser fato típico, revela risco à instrução criminal".

Nos áudios com Joesley Batista, Zezé Perrella e outros interlocutores, fica claro que Aécio usava o mandato parlamentar como um passaporte para a ação criminosa. O cardápio de ilícitos, muito variado: legalização do caixa 2, negociação de propinas, interferência na PF e no governo para abafar investigações, combinações mafiosas etc.

Mesmo com o mandato suspenso, Aécio continua agindo. Ele debocha da decisão do STF. A influência e o poder dele, aparentemente, estão preservados – é o que transparece da reunião com seus companheiros tucanos.

Parafraseando o juiz Edson Fachin, é realista o "receio de sua utilização [do mandato de senador] para a prática de infrações penais".

O destino esperável para o presidente do PSDB é o da condenação à prisão pela justiça e o da cassação do mandato pelo Senado.



JEFERSON MIOLA. Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial
.

Nº 21.546 - "Coimbra: fugir das Diretas é negar a Democracia"

$
0
0
.
02/06/2017


Coimbra: fugir das Diretas é negar a Democracia
Joesley foi a "bomba do Riocentro" do MT

Conversa Afiada - publicado 02/06/2017
PovoTraira2.jpg

O Conversa Afiada reproduz artigo de Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, publicado originalmente na Carta Capital:

Medo de Lula


por Marcos Coimbra 

As elites brasileiras estão como baratas tontas por uma razão que tem nome: Luiz Inácio Lula da Silva. Não fosse o medo que têm dele, haveria uma saída natural para a enrascada em que meteram o País e que as deixa baratinadas.

Elas mantinham-se coesas desde o segundo semestre de 2015, quando decidiram pôr de lado suas diferenças e ir juntas derrubar Dilma Rousseff. Sempre concordaram no fundamental, pois nunca esqueceram seus interesses de longo prazo. Mas a unificação de táticas do cotidiano foi cimentada somente quando entraram em acordo para tirar o PT do governo e reassumi-lo na plenitude.

Hoje, aquela coalizão desmoronou e um setor nem imagina o que outro pretende, como estamos vendo no comportamento dos conglomerados de mídia. Depois de um enfadonho período, em que todos diziam as mesmas coisas, até com idênticas palavras, agora é cada um por si. 

Não era certo que estouraria um escândalo do tamanho desse das delações da JBS, mas era previsível. Ter na cadeira presidencial um personagem como Michel Temer é um risco permanente. 

Ninguém tem o direito de se fingir surpreso com ele. O Temer de maio de 2017 é igual ao de toda a vida. Dar expediente no Palácio do Planalto não lhe mudou a natureza. 

Sua turma rapidamente expôs-se, provocando mudanças no primeiro escalão em ritmo quase mensal. Faltava a “bomba do Riocentro”, aquela que explodiu no colo de um sargento do Exército em 1981, deixando óbvio de onde vinham os terroristas que praticavam atentados para perpetuar a ditadura de 1964. As delações da JBS são a bomba no colo de Temer. 

Para quem distorceu os fatos a ponto de enxergar crime de responsabilidade de Dilma em atos administrativos que todos os presidentes praticaram, as fitas gravadas e os depoimentos dos irmãos Batista deveriam ser amplamente suficientes para justificar o impeachment de Temer. Todo mundo sabe disso, incluindo o próprio, que se agarra a tecnicalidades para reduzir o impacto dos fatos.

Sacar da manga a carta do impeachment é uma jogada muito séria. É algo tão fora da normalidade institucional que os constituintes de 1988 nem sequer consideraram necessário tratá-lo em detalhe. Se tivessem sido capazes de antecipar quantas vezes nos veríamos às voltas com processos desse tipo, talvez fossem mais cuidadosos.

Desde então foram dois, e o próximo está na ordem do dia. Se e quando Temer sofrer o seu, serão três em menos de três décadas, um provável recorde mundial. A instabilidade institucional da época das quarteladas, comparada a esta, chega a ser pequena. 

Nem é preciso dizer quão inconveniente é recorrer a processos de impeachment presidencial a toda hora. No mínimo, produz uma justificada descrença no processo de escolha do presidente da República pelo voto popular, um esteio fundamental da democracia como a entendemos no Brasil. Fernando Collor levou três anos para cair e Dilma saiu com um ano e meio. Agora é a vez de Michel Temer.

É bem possível que, a esta altura, boa parte (pelo menos a parte pensante) da coalização que derrubou Dilma esteja se perguntando se valeu a pena tirá-la. Se talvez tivesse sido mais conveniente deixá-la enfraquecida no posto, onde tentava fazer muitas das coisas que a turma de Temer está fazendo, enfrentando a mesma impopularidade e comprometendo, talvez de maneira irreversível, a imagem de Lula e do PT. 

Com sua arrogância somada à falta de conhecimento do País, as elites fizeram outra coisa. Tiraram Dilma, colocaram Temer no lugar e agora têm de lidar com suas traquinagens. Enquanto isso, Lula tornou-se favorito a vencer a próxima eleição.

Depois de irmos longe na invenção de soluções institucionais de araque e depois que centenas de empresários delataram haver distribuído recursos a milhares de candidatos, agora que o Congresso Nacional é visto com desconfiança pela unanimidade das pessoas, escolher o sucessor de Temer por via indireta é um despropósito. Quase a totalidade da população quer a eleição direta. 

É verdade que a Constituição não prevê a possibilidade. Mas ela tampouco autorizava, por exemplo, o congelamento do gasto público por 20 anos, algo que as elites não hesitaram em promover, em que pese o seu custo social.

Só há um motivo para que fujam dessa saída, preferindo tapar o nariz e seguir com Temer ou transferir a escolha aos parlamentares: o medo de Lula. É a convicção de que ele venceria a eleição que faz banqueiros, políticos conservadores e donos de veículos de comunicação evitarem a solução natural.

Escapar da eleição direta, contudo, vai além de apenas querer impedir a volta de Lula. É ser contra o desejo daqueles que, provavelmente, o elegeriam. É negar a democracia.

Nº 21.547 - "Rebu na diplomacia: Temer renega documento oficial e diplomatas pedem diretas"

$
0
0
.
02/06/2017

Rebu na diplomacia: Temer renega documento oficial e diplomatas pedem diretas


Brasil 247 - 2 de Junho de 2017



Tereza Cruvinel


Até a política externa e a diplomacia ingressaram ontem na crise política interna.  O documento oficial criticando a “falta de estratégia” na política externa foi bombardeado por críticas e renegado pelo próprio governo, enquanto diplomatas lançavam manifesto defendendo a retomada do diálogo, do pacto democrático e das eleições no pais.

O manifesto, subscrito inicialmente por 115 diplomatas, externa preocupação com os 'prejuízos que a persistência da instabilidade política traz aos interesses nacionais de longo prazo', e conclama as forças políticas do pais a restabelecerem o diálogo e o pacto democrático, em busca de um novo ciclo de desenvolvimento, “legitimado pelo voto popular e em consonância com os ideais de justiça socioambiental e de respeito aos direitos humanos.” O documento continuava circulando ontem à noite por embaixadas e consulados mundo afora, aberto a novas subscrições.

À noite, após uma  torrente de criticas demolidoras, o Planalto divulgou nota negando paternidade governamental ao documento  “Brasil, “Brasil, um país em busca de uma grande estratégia”, assinado pelo por Hussein Kalout, Secretário de Assuntos Estratégicos, e por  seu adjunto, Marcos Degaut.  Segundo a nota, o texto “não reflete princípios, posições ou prioridades da política externa do governo do presidente Michel Temer. Tampouco orienta ou subsidia sua ação diplomática. O governo reitera que se trata de produção de cunho estritamente acadêmico e pessoal, tal como mencionado na apresentação do estudo.”

O documento, entretanto, é assinado por autoridades governamentais  e o texto é precedido da apresentação de um ministro de Estado, Moreira Franco, titular da Secretaria Geral da Presidência da República.  Nele os autores afirmam que ao Brasil, nos governos Lula e Dilma e também no atual, uma estratégia coerente de inserção internacional, como se toda a atuação internacional brasileira tivesse sido errática e improvisada.

A reação mais contundente veio do ex-chanceler Celso Amorim, que ficou no cargo por oito anos, ao longo do governo Lula, período em que o Brasil conseguiu uma indiscutível e inédita projeção no cenário internacional, que lhe valeu até mesmo o epíteto de “melhor chanceler do mundo”. Pode-se discordar da estratégia, disse Amorim à Folha de São Paulo, mas dizer que ela não existiu revela má fé ou ignorância. Em sua gestão o Brasil tornou-se um “player” importante no multilateralismo global e teve papel ativo na construção de novas instituições, como o G-20 comercial. Ele recordou também que os BRICS nasceram do interesse de Rússia e da China pelo IBAS, o grupo formado por India, Brasil e África do Sul, com decidido empenho do Brasil. E recordou que, pela primeira vez, num mesmo período, o Brasil conseguiu emplacar os dirigentes de dois organismos importantes como a OMC (Roberto Azevedo) e a FAO (Jose Graziano).  As críticas ao documento partiram também de diplomatas e estudiosos de relações internacionais.  O atual chanceler, Aloysio Nunes Ferreira, classificou-o como “bobagem”.


Leia a íntegra do manifesto dos diplomatas:
DIPLOMACIA E DEMOCRACIA

Nós, servidoras e servidores do Ministério das Relações Exteriores, decidimos nos manifestar publicamente em razão do acirramento da crise social, política e institucional que assola o Brasil. Preocupados com seus impactos sobre o futuro do país e reconhecendo a política como o meio adequado para o tratamento das grandes questões nacionais, fazemos um chamado pela reafirmação dos princípios democráticos e republicanos. 

2. Ciosos de nossas responsabilidades e obrigações como integrantes de carreiras de Estado e como cidadãs e cidadãos, não podemos ignorar os prejuízos que a persistência da instabilidade política traz aos interesses nacionais de longo prazo. Nesse contexto, defendemos a retomada do diálogo e de consensos mínimos na sociedade brasileira, fundamentais para a superação do impasse.

3. Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, a consolidação do estado democrático de direito permitiu significativas conquistas, com reflexos inequívocos na inserção internacional do Brasil. Atualmente, contudo, esses avanços estão ameaçados. Diante do agravamento da crise, consideramos fundamental que as forças políticas do país, organizadas em partidos ou não, exercitem o diálogo, que deve considerar concepções dissonantes e refletir a diversidade de interesses da população brasileira.

4. Para que esse diálogo possa florescer, todos os setores da sociedade devem ter assegurado seu direito à expressão. Nesse sentido, rejeitamos qualquer restrição ao livre exercício do direito de manifestação pacífica e democrática. Repudiamos o uso da força para reprimir ou inibir manifestações. Cabe ao Estado garantir a segurança dos manifestantes, assim como a integridade do patrimônio público, levando em consideração a proporcionalidade no emprego de forças policiais e o respeito aos direitos e garantias constitucionais.

5. Conclamamos a sociedade brasileira, em especial suas lideranças, a renovar o compromisso com o diálogo construtivo e responsável, apelando a todos para que abram mão de tentações autoritárias, conveniências e apegos pessoais ou partidários em prol do restabelecimento do pacto democrático no país. Somente assim será possível a retomada de um novo ciclo de desenvolvimento, legitimado pelo voto popular e em consonância com os ideais de justiça socioambiental e de respeito aos direitos humanos.

SIGNATÁRIAS/OS:

Adriana Telles Ribeiro

Adriano Botelho

Alexey Van der Broocke

Alfonso Lages Besada

Álvaro Alberto de Sá Fagundes

Alvaro Augusto Guedes Galvani

Amintas Angel Cardoso Santos Silva

Ana Claudia Milhomem Freitas Figueira Neves

André Pinto Pacheco

André Souza Machado Cortez

Andréia Cristina Nogueira Rigueira

Antonio Cottas de Jesus Freitas

Bianca Xavier de Abreu

Bruno d'Abreu e Souza

Bruno de Toledo de Almeida

Bruno Rizzi Razente

Candice Sakamoto Souza Vianna

Carlos Augusto Carvalho Dias

Carlos Henrique Pissardo

Carlos Kessel

Carlos Sousa de Jesus Junior

Catarina da Mota Brandão de Araújo

Celeste Cristina Machado Badaró

Celia del Bubba

Chateaubriand Chapot Xavier Bezerra Neto

Claudia Assaf Bastos Rebello

Cláudia Maria de Liz Köche

Claudio Roberto Herzfeld de Castro

Cristiano José de Carvalho Rabelo

Daniel Machado da Fonseca

Davi de Oliveira Paiva Bonavides

Delma Nogueira da Mota

Eden Clabuchar Marting

Érika Vanessa Silva Souza

Ernesto Batista Mané Júnior

Fabianne Corrêa Dias de Jesus

Fabricio Araújo Prado

Felipe Afonso Ortega

Felipe Antunes de Oliveira

Felipe Dutra de Carvalho Heimburger

Felipe Pinchemel Cotrim dos Santos

Fernanda Mansur Tansini

Francisco Figueiredo de Souza

Gabriela Guimarães Gazzinelli

Gianina Müller Pozzebon

Gustavo da Cunha Westmann

Gustavo de Britto Freire Pacheco

Gustavo Meira Carneiro

Hamad Mota Kalaf

Helder Fernandes Dantas

Helen Roberta de Souza da Conceição de Almeida

Helena Lobato da Jornada

Hélio Forjaz Rodrigues Caldas

Hugo Lorenzetti Neto

Ilka Hitomi Joko Veltman

Isabela D’Ávila Vieira

Jackson Luiz Lima Oliveira

João André Silva de Oliveira

João Paulo Marão

José Joaquim Gomes da Costa Filho

José Roberto Rocha Filho

José Vicente Moreira Mello

Juliana Cardoso Benedetti

Julio de Oliveira Silva

Krishna Mendes Monteiro

Lara Lobo Monteiro

Larissa Maria Lima Costa

Laura Berdine Santos Delamonica

Leonardo Augusto Balthar de Souza Santos

Leonardo Carvalho Collares

Ligia Rissato Garofalo

Lilian Cristina Nascimento Pinho

Livia Oliveira Sobota

Luana Alves de Melo

Luis Gustavo Castro Ribeiro Marques

Luis Gustavo de Seixas Buttes

Luiz Fellipe Flores Schmidt

Luiz Guilherme Costa Koury

Luiza Maria de Lima Horta Barbosa

Luzia Cristina Lopes Cattini

Marcelo Almeida Cunha Costa

Marcelo Moraes Caetano

Márcia Fernanda Tavares Weigert

Márcio Gustavo Medeiros Barbosa

Marco Sparano

Marcus Vinicius Moreira Marinho

Maria Carolina Gomes de Azeredo Souza

Maria Clara Tavares Cerqueira

Maria das Dores da Silva Lima Filha

Maria Lima Kallás

Maria Luiza de França Coelho de Souza

Mariana Flores da Cunha Bierrenbach Benevides

Mariana Lobato Benvenuti

Mario Augusto Morato Pinto de Almeida

Marizete Gouveia Damasceno Scott

Mateus Cacique Moraes

Mateus Drumond Caiado

Matheus Machado de Carvalho

Maurício Martins do Carmo

Mayra Tiemi Yonashiro Saito

Mozart Grisi Correia Pontes

Nássara Azeredo Souza Thomé

Patricia da Rocha Canuto

Paula Rassi Brasil

Pedro Henrique Bandeira Brancante Machado

Pedro Ivo Ferraz da Silva

Pedro Vieira Veiga

Rafael Caminha de Carvalho Beltrami

Rafael Lourenço Beleboni

Rafael Prince Carneiro

Ramiro dos Santos Breitbach

Raul Torres Branco

Reinaldo Freitas Cortez

Renata Angélica Rossi

Renata Maria Braga Santos

Renata Negrelly Nogueira

Renato José Stancato de Souza

Ricardo Kato de Campos Mendes

Ricardo Martins Rizzo

Roberta Maria Lima Ferreira

Rodrigo Sergio de Medeiros

Rodrigo Ponciano Guedes Bastos dos Santos

Rodrigo Valle da Fonseca

Rômulo Milhomem Freitas Figueira Neves

Rosa Maria de Vassimon Brandão

Rui Santos Rocha Camargo

Sandra Maria Nepomuceno Malta dos Santos

Saulo Arantes Ceolin

Sérgio Carvalho de Toledo Barros

Sydma Aguiar Damasceno

Thiago Carvalho de Medeiros

Thiago Melamed de Menezes

Thomaz Alexandre Mayer Napoleão

Túlio César Mourthé de Alvim Andrae

Vivian Alves Rodrigues da Silva

Viviane Ferreira Lopes Diniz

Wellington Muller Bujokas




TEREZA CRUVINEL. Colunista do 247, Tereza Cruvinel é uma das mais respeitadas jornalistas políticas do País

Nº 21.548 - "O que explica Aécio Neves estar solto?"

$
0
0


02/06/2017


O que explica Aécio Neves estar solto?


Blog da Cidadania - 02/06/2917

Aécio ameaça tucanada

Eduardo Guimarães

Aécio Neves provavelmente é o político contra o qual mais há provas incontestáveis de vários tipos de crimes. São provas documentais, não versões de delatores desesperados, como as usadas pela republiqueta de Curitiba para tentar impedir a candidatura de Lula a presidente.
As gravações dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que detonaram a crise política 2.0, apesar da gravidade, apesar de mostrarem Aécio pedindo propina, de haver até filmagem de mala de dinheiro sendo transportada para ele por seu primo, gravação deste confessando tudo e do tucano sugerindo que pode vir a eliminar testemunhas, tais provas vão sendo superadas dia após dia.
Na semana passada, a Polícia Federal anunciou que apreendeu no apartamento do senador afastado um manuscrito com a inscrição “cx 2”, conforme indica o relatório dos investigadores enviado ao Supremo Tribunal Federal.
caixa 2 aécio

Apesar da fartura de delações e provas materiais contra Aécio, seu advogado, Alberto Toron, divulgou nota afirmando que os documentos apreendidos pela Polícia Federal na residência do tucano “não são comprometedores”…
(!!!???)
Segundo o advogado, Aécio não tem conhecimento sobre a folha de papel com a inscrição “cx 2″
(!!!???)
Enfim, o fato é que, além disso tudo, estão se tornando famosos os telefonemas de Aécio para correligionários fazendo “cobranças” em tom ameaçador.
Na noite de terça-feira, 30, Aécio publicou em seu perfil no Facebook foto de reunião com colegas de partido em sua casa. Na foto aparecem Tasso Jereissati, Antonio Anastasia, Cássio Cunha Lima e José Serra.

Aecio facebook
Segundo Aécio, a reunião foi feita para “discutir votações no Congresso e agenda política”…
Acredite quem quiser.
O que está provocando maior curiosidade por toda parte, porém, é essa desenvoltura do tucano e a paralisia do STF em relação à sua prisão preventiva  nos mesmos moldes das que vêm sendo aplicadas contra petistas sob alegação de “proteção às investigações”.
Aécio e Michel Temer são hoje os políticos contra os quais mais pesam provas de corrupção. São provas cabais, incontestáveis, materiais.
Sobre Temer, até é possível entender que não seja preso porque não se prende um presidente da República desse jeito, a menos que seja no âmbito de um golpe de Estado. Mas por que Aécio está solto? Parece claro que representa risco às investigações.
A resposta sobre a desenvoltura de Aécio é muito fácil de ser imaginada. A sua seria a mãe de todas as delações. Atingiria a cúpula do PSDB inteira, sobretudo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que a direita tenta transformar em “reserva moral da nação” apesar de tudo que se sabe sobre ele.
Se houvesse contra Lula ou Dilma um milésimo do que há contra Aécio, os petistas seriam executados e esquartejados em praça pública. E essa é a razão pela qual tanto a operação Lava Jato quanto o Judiciário estão ficando desmoralizados perante uma parcela não apenas enorme, mas cada vez maior dos brasileiros.

_____________________________________
PITACO DO ContrapontoPIG
Uma reunião da gangsteres cujas penas somadas - se aplicadas por uma justiça séria - alcançariam algumas centenas de anos.
_____________________________________
.

Nº 21.549 - "Homem da mala é preso pela PF"

$
0
0

.

03/06/2017

Homem da mala é preso pela PF


Rocha Loures era assessor especial do MT


Conversa Afiada - publicado 03/06/2017


Loures.jpg

Vai falar? (Reprodução/Twitter)

Do G1:

A Polícia Federal informou ter prendido na manhã deste sábado (3) o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor especial do presidente Michel Temer. O mandado de prisão foi assinado na noite desta sexta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

Rocha Loures foi preso preventivamente (antes da condenação) em Brasília e foi levado para a Superintendência da PF no Distrito Federal. Em março, ele flagrado pela PF recebendo em São Paulo uma mala com R$ 500 mil que, segundo delações de executivos da JBS no âmbito da Operação Lava Jato, seriam dinheiro de propina.

Em manifestação enviada ao STF nesta sexta, o advogado do peemedebista, Cezar Bitencourt, avaliou que o pedido de prisão tinha como objetivo "forçar delação". Ao G1, o advogado disse, na manhã deste sábado, que o ex-assessor de Temer "ficará em silêncio".

(...)
.

Nº 21.550 - " A acusações finais contra Lula: 'delenda Cartago'"

$
0
0

.

03/06/2017

As acusações finais contra Lula: “delenda Cartago”


Do Tijolaço - 03/06/2017 


cartago

Fernando Brito 
Li, com infinita paciência, as alegações finais (aqui, as 341 páginas, em pdf)  da “Força Tarefa” no processo do “triplex do Guarujá”.
É o powerpoint versão texto.
Primeiro, faz-se uma dissertação sobre as “provas indiciárias”. Isto é, o indício tomado como prova, sem que se consiga evoluir da suspeita para a comprovação fática.
Valem-se de transcrições da Ministra Rosa Weber, no caso do mensalão, talvez escritas por seu então juiz-auxiliar Sérgio Moro, na época ainda na obscuridade.
Nelas, um trecho chama a atenção, embora não grifado pelos promotores:“também aqui a clareza que inspira o senso comum autoriza a conclusão (presunções, indícios e lógica na interpretação dos fatos)”.
Senso comum, o deles: são as famosas “convicções”.
Os exemplos trazidos para justificar são de uma pobreza atroz. As comparações são com tráfico de drogas: se o sujeito é encontrado com quase dois quilos de cocaína e 20 quilos de maconha é um indício de que ele trafica.
Claro, se tivessem encontrado uma conta milionária de Lula, ou as jóias da Adriana Ancelmo, ou apartamentos em seu nome ou de seus parentes, ou dinheiro em qualquer parte, poderia, daí, ser inferido que ele praticou corrupção. Mas não se encontrou e portanto, é preciso dar o passo seguinte.
Partem para a tristemente famosa “teoria do domínio do fato”.
Dizem que Lula nomeou ministros e dirigentes de empresas indicados por outros partidos para obter maioria no Congresso ( alguém consegue lembra de um presidente ou governador que não tenha feito o mesmo?) e que, por isso, sabia que eles iriam lá para roubar:
Os diretores da Petrobras que roubaram, segundo a denúncia, “agiram na execução de um comando central que objetivava, ilicitamente, enriquecer
os envolvidos, alcançar governabilidade criminosa e perpetuar-se no poder, no centro do qual se encontrava o ex-Presidente Lula, tanto enquanto ocupante do maior cargo do Poder Executivo brasileiro, quanto na condição de importante líder partidário com influência no Governo ulterior”.
Powerpoint na veia, nem precisa das setinhas.
Lula “nomeou e manteve em cargos de Direção da Petrobras pessoas que sabia comprometidas com atos de corrupção e que efetivamente se corromperam e se omitiram em seu dever de ofício de impedir o resultado criminoso”.
Ele sabia que diretores com dezenas de anos na empresa eram ladrões. Sabia, como, se não não havia inquérito, processo, sentença, sequer uma anotação funcional que os desabonasse?
Ora, sabia porque tinha de saber, embora ninguém soubesse, além dos próprios corruptos e seus corruptores.
De tal imenso esquema de corrupção, alegam os promotores, teriam sido produzidas vantagens indevidas no “valor de, pelo menos, R$ 87.624.971,26. Destes, sustentam, R$ 2.424.990,83, teriam sido recebidos por Lula “por meio de expedientes de ocultação e dissimulação de propriedade de bens e valores”: o tríplex-pombal do Guarujá e o armazém para guardar os caixotes que foi obrigado a levar quando deixou o governo, com o acervo presidencial.
Não há prova de que o apartamento é ou algum dia foi dele, ou de que, ao avaliar se valeria a pena pagar a diferença do que já tinham de saldo na cooperativa habitacional, alguma vez tenham falado em “ganhar” a diferença. Ou de que tenha pedido para guardar os caixotes senão como um favor, mas para “descontar na propina”.
Mas isso não tem importância alguma na peça onde o Dr. Deltan Dallagnol encabeça a matilha acusatória.
Pedem que Lula seja condenado por lavagem de dinheiro 61 vezes, uma para cada mês de aluguel do espaço do galpão dos caixotes! Que pague os R$ 87 milhões dos quais, dizem eles, foi beneficiado com um quadragésimo deste valor! E que seja condenado por corrupção nos contratos que foram celebrados entre a Petrobras e a OAS, nos quais influiu tanto quanto o presidente de uma empresa influiu no fato de que um gerente ladrão superfaturou uma despesa da filial.
Catão, o Velho, ao observar o renascimento de Cartago após a Segunda Guerra Púnica, fazia questão de encerrar tudo o que dizia, fosse o que fosse, com a frase: “Ceterum censeo, Carthaginem delendam esse“, que virou o “Delenda est Cartago“. Significa, o latim: Entretanto, eu acho que Cartago deve ser destruída.
Os rapazes de Curtiba acham Lula uma Cartago e, a si mesmos, nobres romanos, sob o Imperador Moro, com seu polegar virado para baixo, a dizer: matem-no!
.

Nº 21.551 - "Doutor Rosinha: A briga do Aécio com Rossoni é pelo salve-se quem puder; hipócritas, fazem discursos contra corrupção e são investigados por corrupção"

$
0
0

.

03/06/2017

Doutor Rosinha: A briga do Aécio com Rossoni é pelo salve-se quem puder; hipócritas, fazem discursos contra corrupção e são investigados por corrupção



Do Viomundo - 03 de junho de 2017 às 10h49

Grampos mostram que Aécio chefia quadrilha e noticiário tenta poupar Rossoni
De santo, o chefe da Casa Civil do governo Beto Richa, o tucano Valdir Rossoni, não tem nada. Sua ficha corrida nos escândalos da política estadual é extensa demais para ser ignorada, embora ele venha se valendo de uma impunidade inexplicável todos esses anos.
Mas a intenção do tucano Rossoni de manter no ar um vídeo em que tripudia sobre as denúncias e comprovações a respeito da participação do presidente nacional do seu partido, o senador afastado Aécio Neves, nos escândalos de corrupção envolvendo a Odedebrecht, não tem outro objetivo senão o da autopreservação.
Notório falastrão e com projeções eleitorais bem definidas, Valdir Rossoni, no vídeo postado em partes na sua rede social, tratou de rapidamente dar satisfações ao seu eleitorado, para que o lamaçal em que Aécio tem mergulhado não respingasse imediata e diretamente nos seus maiores cabos eleitorais no Paraná: Richa e Rossoni.
Os escândalos que envolvem intimamente Rossoni e Richa em denúncias de crimes de improbidade administrativa são inúmeros e de longa data.
Para citar só os mais conhecidos, vale destacar:
*Contratação de um piloto de avião particular, nomeado e pago pela Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
Caso da sogra-fantasma, Verônica Durau, que nunca trabalhou na ALEP, mas foi nomeada inicialmente no gabinete do então deputado estadual Beto Richa e seu pagamento se manteve na folha salarial do Legislativo mesmo depois de Beto já ser prefeito de Curitiba.
Quando o escândalo veio à tona, Rossoni, então líder do PSDB na Casa, assumiu que a sogra-fantasma era funcionária da Liderança do seu partido.
Por meio do pagamento mensal em seu nome, a ALEP repassava de fato o dinheiro para uma conta do seu genro, Ezequias Moreira, que acumulava salários de servidor da Sanepar, membro do Conselho Administrativo da empresa, braço direito e chefe-de gabinete do então prefeito Beto Richa.
Mais recentemente, Rossoni, voltou às manchetes locais por investigações em fraudes ligadas ao desvio de R$ 17 milhões da Educação, recursos que deveriam ser empregados em obras de reforma e construção de escolas no Paraná.
Ainda, teve inquérito aberto por indícios de prevaricação, quando em 2009, ao presidir o Legislativo Paranaense, engavetou por três anos e dez dias o encaminhamento à CCJ da Casa de um pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para processar Beto Richa, então prefeito de Curitiba, pelo uso irregular de recursos do Fundo Nacional de Saúde. O pedido se deu a partir de denúncia do Ministério Público, que acatou representação do então deputado federal Dr. Rosinha (PT).
Entenda o piti das gravações
Na noite desta quarta-feira (31), o Paraná TV 2ª Edição, telejornal da afiliada da Rede Globo no Paraná, a RPC TV, divulgou áudios em que Aécio Neves dá uma bronca no governador Beto Richa (PSDB) por causa de um vídeo do secretário estadual Valdir Rossoni, postado na internet
Na reportagem da RPC TV (abaixo), o áudio da conversa de Aécio com a irmã Andrea e da enquadrada de Aécio em Richa aparece no 1min54)
Esse vídeo teria gerado notícia no Paraná Portal, parceiro regional do Universo On-line, o UOL, intitulada “Aliado do Paraná já considera Aécio na cadeia” e chama a atenção o desespero e a agilidade com que a assessoria do senador afastado se mobiliza para tirar do ar primeiro a notícia, depois o vídeo, que poderia suscitar mais denúncias, trazer à tona outros envolvimentos e mais desgastes contra os tucanos.
As gravações são fruto de grampo autorizado pela justiça das conversas de Aécio Neves e de sua irmã, a jornalista Andrea Neves, ambos investigados pela Polícia Federal no caso da JBS (Friboi). Mas elas evidenciam muito mais coisas que apenas os fatos noticiados pela imprensa paranaense.
Vão além do piti, da saia justa, dos palavrões e das broncas.
Os áudios deixam claro o papel de gângster de Aécio Neves e o comportamento de verdadeiro chefe de uma quadrilha da qual o público só vislumbra até o momento os crimes de corrupção.
Já mereceria uma apresentação em Power Point, não fosse a seletividade dessa tecnologia à serviço das investigações. As escutas autorizadas pela justiça das conversas dos irmãos Neves ainda evidenciam a relação promíscua desse poderio tucano com a grande imprensa, quando prontamente somem dos veículos as publicações por razões muito distantes do interesse público.
PS de Conceição Lemes:
O deputado federal tucano Valdir Rossoni, secretário da Casa Civil do governador Beto Richa, costuma fazer uma tramissão ao vivo pelo Facebook (live) aos domingos.
É para conversar com os seus eleitores.
Em 16 de abril deste ano, manteve a rotina.
Só que, a essa altura, já estava em toda a mídia que a Odebrecht havia pago propinas milionárias a Aécio Neves, inclusive com depósitos no exterior.
Aécio foi, então, um dos temas da live daquele domingo.
Ao tomar conhecimento, através de sua irmã Andréa, Aécio partiu para cima do chefe de Rossoni, o governador Beto Richa, que ordenou a retirada do vídeo  do Facebook.
Rossoni obedeceu. Apagou a live inteira, que tinha uma hora de duração e onde ele tratava de outros assuntos também.
O que restou na internet é apenas um trecho editado. Um vídeo de 3min5s, que reproduzimos abaixo.
Atentem ao que Rossoni diz no 1min39s:
Se a Odebrecht mostrar as contas no exterior do Aécio, com dinheiro roubado depositado lá, ele perdeu o amigo. Até se ele continuar como presidente no PSDB… Ou ele sai da presidência do PSDB ou eu saio do PSDB. 
Rossoni, como muitos golpistas, se vestiu de verde e amarelo para derrubar a então presidenta Dilma Rousseff  e gritar contra a corrupção, como mostra o vídeo do PT-PR abaixo.Considerando a ficha de Rossoni, parece piada pronta.

Em 11 de abril de 2017, por exemplo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu para o STF abrir inquérito contra Rossoni por suspeita de prevaricação para beneficiar o chefe Beto Richa.
Para o PT-PR, os grampos demonstram clarament que Aécio Neves age como “chefe de quadrilha”. Com Rossini, não é diferente.
“Não tem santo nessa história. É uma briga pelo salve-se quem puder”, atenta o Doutor Rosinha, presidente eleito do PT-PR.
“O que há de fato é que os dois são membros do mesmo grupo político”, continua.
“Também possuem o mesmo senso de apropriação indevida do que é público e de eliminação sumária do menor foco de crítica, contrariedade ou de oposição”, frisa
“Na verdade, ambos são hipócritas”, detona Rosinha. “Os dois fazem discursos contra a corrupção, no entanto, são investigados por corrupção.”
 .

Nº 21.552 - "LULA: O PT VOLTA MAIS FORTE A CADA ATAQUE QUE RECEBE"

$
0
0

03/06/2017

LULA: O PT VOLTA MAIS FORTE A CADA ATAQUE QUE RECEBE



Brasil 247 - 3 DE JUNHO DE 2017 ÀS 18:08


Ricardo Stuckert
                          ..........Ricardo Stuckert

"Muita gente aposta todo dia que o PT acabou. Mas esse partido volta mais forte a cada ataque que recebe", disse o ex-presidente Lula, no congresso que elegeu a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) como a primeira presidente da história do partido; Lula também atacou a denúncia formulada pela Lava Jato; "O máximo que eles conseguiram até agora foi alguém dizendo 'eu acho que ele sabia'. Se tudo isso é para evitar que o Lula seja candidato, deviam primeiro perguntar para o PT se o PT vai deixar", discursou, ouvindo em resposta gritos de "Lula Lá"; em seu discurso, a senadora Gleisi afirmou que o PT reconhece seus erros, mas sem penitências; "Nós não somos uma organização religiosa, não fazemos profissão de culpa nem tampouco nos açoitamos”, declarou; "Nós reconhecemos nossos erros na prática. Mas não teve, na história de 500 anos de país, governos melhores que os do PT”


Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O PT elegeu neste sábado a senadora Gleisi Hoffman como presidente do partido, em substituição a Rui Falcão, com 367 votos, contra 226 do senador Lindbergh Farias.

Indicada pela corrente Construindo um Novo Brasil, a mesma do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gleisi, que vai comandar o partido pelos próximos dois anos, era a favorita para assumir a direção do partido.

Em seu discurso, Gleisi disse que não iria ficar apontando os erros do PT para que "a burguesia e a direita se aproveitem disso". "Nós não somos uma organização religiosa, não fazemos profissão de culpa nem tampouco nos açoitamos”, declarou. "Nós reconhecemos nossos erros na prática. Mas não teve, na história de 500 anos de país, governos melhores que os do PT”.

Gleisi é ré no Supremo Tribunal Federal em investigação da operação Lava Jato, acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por pedir e receber, segundo o Ministério Público, R$ 1 milhão desviados do esquema na Petrobras.

O Congresso, batizado com o nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, serviu como mais um momento de apoio ao ex-presidente, que tem cinco inquéritos na operação Lava Jato, Neste sábado, Lula teve sua condenação pedida pelo Ministério Público por supostamente ter recebido um apartamento triplex como propina da empreiteira OAS.

Lula fez o último discurso do Congresso.

"Muita gente aposta todo dia que o PT acabou. Mas esse partido volta mais forte a cada ataque que recebe", disse o ex-presidente.

Lula voltou a atacar os procuradores da Lava Jato. Afirmou que não tem nada contra a Justiça ou o Ministério Público, mas contra as "meninices dos procuradores".

"O máximo que eles conseguiram até agora foi alguém dizendo 'eu acho que ele sabia'. Se tudo isso é para evitar que o Lula seja candidato, deviam primeiro perguntar para o PT se o PT vai deixar", discursou, ouvindo em resposta gritos de "Lula Lá".

"Eles vão ter que pedir desculpas, se não eu vou continuar encrencando com eles. Só tem um jeito de eles me derrubarem: é um dia vocês, os sindicatos, me disserem que não me querem mais".

Chegou a se falar que Lula lançaria sua candidatura à presidência neste Congresso, mas isso não aconteceu. Ao contrário, o ex-presidente foi até mesmo mais comedido que em falas anteriores. Afirmou que será "um bom candidato ou um bom cabo eleitoral".

.

Nº 21.553 - "Por que Aécio e Temer serão presos depois de Rocha Loures. Por Joaquim de Carvalho"

$
0
0

.

03/06/2017


Por que Aécio e Temer serão presos depois de Rocha Loures. Por Joaquim de Carvalho


Diário do Centro do Mundo -  3 de junho de 2017
“Você vai ser o primeiro a ser comido e eu o segundo. Não conta pra Marcela”

Por 
Joaquim de Carvalho

A prisão do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, o homem que carregava a mala de dinheiro sujo que seria dele e de Michel Temer, motiva a pergunta: e quando será a vez de Aécio Neves e de Michel Temer?
Dois fatos unem Aécio a Loures.
Um é o corruptor – Joesley Batista.
O outro é o governo da república, que ambos, na proporção de poder de cada um, movimentaram ou movimentam.
Joesley deu 60 milhões de reais para Aécio em 2014, para financiar sua campanha e ajudar na compra de aliados.
Em contrapartida, segundo a Procuradoria da República, Aécio Neves “usou o seu mandato para beneficiar diretamente interesses do grupo.”
No pedido de prisão de Aécio, o procurador Rodrigo Janot cita dois favores prestados por Aécio: a liberação de créditos de 12,6 milhões de ICMS da JBS Couros e de créditos de 11,5 milhões de ICMS para uma empresa ligada à Seara, comprada por ele.
Na conversa gravada por Joesley, Aécio prometia mais: a nomeação de diretoria da Vale e a interferência na Polícia Federal para abafar as investigações.
Aécio já poderia ter sido preso, na única hipótese prevista na Constituição para políticos com foro privilegiado: o delito flagrante, pois a ação controlada nada mais é do que o adiamento da prisão para coletar mais provas.
E o Ministério Público coletou mais provas: a mala de dinheiro foi entregue a emissários de Aécio.
E agora o mais grave: o crime continua acontecendo, na medida em que Temer tirou o ministro que Aécio considerou “peba” e colocou outro, que já estuda mudanças na Polícia Federal.
Não era isso que Aécio disse a Joesley que precisava ser feito?
E, ao que parece, está sendo feito.
Tudo diante dos nossos olhos.
E Aécio continua solto.
Recapitulado: Ao pedir dinheiro, Aécio cometeu o crime de corrupção, segundo a Procuradoria da República.
Poderia ter sido preso.
Mas o Ministério Público Federal preferiu reunir mais provas. E conseguiu: documentou a entrega das malas de dinheiro.
Fachin preferiu deixar Aécio solto, e transferiu a responsabilidade para a presidente do Supremo, Carmen Lúcia, que, mediante sorteio, designou Marco Aurélio Melo para decidir sobre a prisão.
O que falta para Aécio ser preso?
Agora Michel Temer: depois do cerco se fechar ao ex-deputado Loures, mesmo antes da prisão, Michel Temer permaneceu tranquilo, informaram assessores do Palácio do Planalto a seus porta-vozes na Globo News, pois, segundo o que dizem, não há o que Loures delatar.
Não?
Fato 1: Foi Loures quem marcou o encontro entre Michel Temer e Joesley Batista no Palácio do Jaburu.
Fato 2: Michel Temer e Joesley combinam que Loures passaria a ser o intermediário dos pleitos da JBS junto ao governo federal.
Fato 3: O emissário da JBS, ao acertar a entrega da mala de 500 mil reais a Loures, diz que a propina é o início de transação que garantiria 500 mil semanais para ele e Michel, durante 25 anos, uma aposentadoria milionária.
Esses três fatos estão relacionados a um único corruptor, Joesley Batista, mas Loures é homem de confiança de Temer há muito mais tempo.
É provável que tenha algumas coisas mais a falar.
Mas será que vai?
Até segunda-feira passada, o advogado de Loures era o criminalista José Luís de Oliveira Lima e, sob orientação dele, o ex-deputado entregou à Polícia Federal a mala com 465 mil reais em dinheiro e depois fez o depósito de mais 35 mil reais.
Parece uma atitude de quem está disposto a colaborar com a Justiça.
O novo advogado, Cézar Roberto Bitencourt, assumiu a causa depois de escrever dois artigos, publicados no site Conjur, em que defende a tese de que, na conversa com Joesley Batista, Temer não cometeu nenhum crime – nem obstrução da justiça muito menos prevaricação – e considerou a ação do Ministério Público Federal de flagrante forjado.
Nos artigos, Bitencourt não levou em consideração que a gravação de Joesley foi feita antes do início da negociação com a Procuradoria da República para a delação premiada – e parece verdade, pois, se tivesse orientação profissional, certamente o áudio da conversa teria melhor qualidade.
Outro ponto que o advogado não levou em consideração: não é crime gravar a própria conversa, seja com o manobrista do restaurante ou com o presidente da república.
O que poderia ser considerado inválido como prova é o flagrante forjado, mas a fita não é o evento principal relacionado à investigação preliminar que fez a Procuradoria da República.
Tenta-se desqualificar a parte para impedir a visão do todo.
No meio jurídico, o artigo foi recebido com desconfiança, já que, por ser procurador de justiça aposentado e professor universitário experiente, ele embarcou muito rapidamente na tese de defesa de Michel Temer.
Fato é que, logo depois da publicação dos artigos, Loures trocou de advogado: saiu Oliveira Lima e entrou Cézar Roberto Bitencourt.
Formalmente, Bitencourt defende o homem que carregava a mala, mas não é descabido suspeitar que, na verdade, ele foi contratado para proteger o homem a quem esta – ou outras malas – se destinaria.
Com ou sem manobra jurídica, o lamaçal está tão exposto que a prisão de Loures hoje parece ser a prévia do que acontecerá – talvez num tempo muito mais curto do que se supõe: Aécio e Temer entrando na carceragem da Polícia Federal.
No final, poderão se perguntar: foi para isso que fizemos o golpe?

Nº 21.554 - "Pesquisa 'secreta' pós Joesley mostra Lula eleito em 1º turno"

$
0
0
.
04/06/2017


Pesquisa “secreta” pós Joesley mostra Lula eleito em 1º turno


Blog da Cidadania - 04/06/2017

lula sobe
Eduardo Guimarães

O Blog obteve informação de que há uma pesquisa “secreta” que teria sido feita pelo Ibope e que estaria circulando pelas catacumbas do golpe. Essa pesquisa estaria por trás das campanhas da mídia por eleições indiretas ou pela continuidade do mandato de Temer.
Segundo a fonte do Blog, essa pesquisa mostra que os últimos fatos políticos que ocorreram no país fizeram Lula disparar de vez nas pesquisas. E a explicação que me foi dada está abaixo.
Após o tonitruante 17 de maio, quando o país tomou conhecimento das falcatruas de Joesley Batista com Michel Temer e Aécio Neves, teria ocorrido uma reviravolta política no país.
Até aquele dia, e desde as delações de executivos da Odebrecht – e, depois, de Renato Duque e Leo Pinheiro (OAS) –, Lula e Dilma foram colocados no olho do furacão.
Apesar de, inicialmente, após as delações da Odebrecht, políticos de todos os partidos terem sido denunciados, Lula ganhou um espaço absolutamente desproporcional na mídia. O Jornal Nacional, à frente de todos, tratou de apagar menções a tucanos e a peemedebistas de alto escalão e centrar fogo no ex-presidente.
Chega 17 de maio e explode a bomba Joesley. Não foram só o Aécio Neves e Michel Temer que tiveram suas máscaras arrancadas. Os partidos deles e o próprio golpe parlamentar contra Dilma Rousseff foram desmascarados.
A mídia tentou colocar Lula no mesmo balaio de Temer e Aécio, ou PSDB e PMDB, mas a população não está acreditando. A maioria, ao menos.
É o seguinte, caro leitor: essa pesquisa sobre a sucessão presidencial mostraria que, após a bomba Joesley, Lula teria, agora, quase 60% dos votos válidos. Se houvesse eleição direta neste momento, Lula venceria em primeiro turno.
Isso explicaria por que a mídia anda pegando leve com Lula e atacando quem tem que ser atacado pela muito maior gravidade das denúncias que pesam contra esse grupo político. Os golpistas foram arrasados pela bomba Joesley. E Lula foi o grande beneficiado.
.

Nº 21.555 - "A queda de Temer está mais próxima e não depende do TSE. Por Joaquim de Carvalho

$
0
0
.
04/06./2017

A queda de Temer está mais próxima e não depende do TSE. Por Joaquim de Carvalho

 
Deu zica
Joaquim de Carvalho 
Resultado de imagem para joaquim de carvalho jornalistaA prisão do longa manus de Michel Temer, na definição do procurador geral da República Rodrigo Janot, pode acelerar a conclusão do inquérito policial que tem o presidente como investigado.
É o que diz o Código de Processo Penal: 30 dias para conclusão do inquérito em que os suspeitos estiverem soltos, 10 dias para conclusão do réu no caso de suspeito preso.
É claro que esses prazos podem ser dilatados – e na maioria das vezes são –, mas, quando os olhos daquilo que se chama opinião pública estão atentos, costumam ser respeitados.
Seja como for, o desfecho da crise pode estar muito mais próximo do que se imagina e pode não depender da vontade dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral no julgamento da chapa Dilma-Temer, previsto para começar na próxima terça-feira.
É que, segundo a lei, quando Rodrigo Janot oferecer denúncia contra Temer por crime comum, a Câmara dos Deputados decidirá se autoriza ou não o início do processo no Supremo Tribunal Federal.
É exatamente o mesmo procedimento utilizado no caso da denúncia por crime de responsabilidade, usado no caso de Dilma e Collor. O número de votos necessários para a abertura do processo é o mesmo – 342.
Caso aprovado o início do processo, Michel Temer permanecerá afastado por 180 dias, período em que o Supremo – nesse caso, o Supremo, exclusivamente, sem senadores – o julgará, com o processo seguindo os prazos normais.
Se condenado, poderá ir direto para a cadeia. Se absolvido, reassumirá.
O sucessor temporário de Temer – vice efetivo – é Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.
Dilma foi alvo de impeachment com base numa acusação ridícula de pedalada fiscal – era pretexto, como se sabe.
Já Temer tem diante de si uma gravação, a imagem do longa manus correndo com uma mala cheia de dinheiro, a confissão de um empresário corrupto e do longa manus deste de que pagaram propina em dinheiro, inclusive para outro longa manus de Temer, o coronel Lima, e outras provas poderão aparecer no curso do inquérito.
Pela qualidade dos deputados, aqueles que beijaram bandeira e invocaram o nome de Deus para afastar Dilma com base numa farsa, Temer pode se safar, quando suas excelências tiverem que se manifestar.
Temer tem a chave do cofre e sabe como abri-lo.
Mas, nestes dias estranhos, a Globo tomou posição pela queda de Temer e, como qualquer ladrão de supermercado sabe, fica mais difícil roubar com uma câmera registrando tudo.
Por isso, será mais difícil ouvir o pastor Feliciano ou aquela deputada de Montes Claros dizendo em alto e bom som: pelo Brasil, por Deus, “não, não e não” ao processo contra Temer.
A queda de Temer é o que se espera em um país civilizado, que vê o longa manus do presidente correndo com mala de dinheiro pela rua.
Mas é estranho ver a Globo, que sai mais forte a cada crise no Brasil, se alinhar ao movimento “fora Temer”.
Os roteiristas do House of Cards já disseram que está difícil a ficção competir com a realidade da política no Brasil.
******
PS:
  1. Os patos que foram à Paulista estão fora desta equação, porque, ao que parece, eles só se movimentam quando é contra o PT e tem pixuleco do Joesley e de outros similares patrocinando o ato cívico.
  2. Longa manus significa mão estendida e é um termo normalmente usado no meio jurídico, para definir aquele que age por ordem de outra pessoa.
  3. Se Rodrigo Rocha Loures é considerado pelo procurador geral da República criminoso – a ponto de precisar ser preso — e ele não passa da mão estendida de Temer, é obvio o que ele pensa do presidente da República. A denúncia contra Temer é uma questão de dias.

Joaquim de CarvalhoJornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquimgilfilho@gmail.com
.

Nº 21.556 - "GRITO POR DIRETAS REÚNE MULTIDÃO EM SP E APONTA O VOTO COMO A ÚNICA SAÍDA"

$
0
0

04/06/2017


GRITO POR DIRETAS REÚNE MULTIDÃO EM SP E APONTA O VOTO COMO A ÚNICA SAÍDA



Brasil 247 - 4 DE JUNHO DE 2017 ÀS 18:27


Milhares de manifestantes e artistas participaram neste domingo 4 de um grande ato pela saída de Michel Temer e em defesa de eleições diretas para a escolha do novo presidente da República; passaram pelo palco artistas como Criolo, Emicida, Pitty, Otto, Paulo Miclos, Péricles, Simoninha, Tulipa Ruiz e Maria Gadú, com encerramento de Mano Brown, além de lideranças como Guilherme Boulos e a presidente da UNE, Carina Vitral, e outras personalidades; para a economista Laura Carvalho, que também subiu para falar com a população, não basta tirar Temer e colocar outro Temer; "Não queremos esse Temer nem outro Temer. Mais igualdade a gente conquista com voto", disse; "O Brasil quer escolher seu presidente e, se possível, já", defendeu Chico César, o primeiro a cantar


SP 247 - Milhares de manifestantes e artistas participaram neste domingo 4 de um grande ato pela saída de Michel Temer e em defesa de eleições diretas para a escolha do novo presidente da República.

Passaram pelo palco artistas como Criolo, Rael, Chico César, Edgar Scandurra, Emicida, Otto, Paulo Miclos, Péricles, Pitty, Simoninha, Tulipa Ruiz e Maria Gadú, com encerramento de Mano Brown, além de lideranças como Guilherme Boulos e a presidente da UNE, Carina Vitral, e personalidades.

Para a economista Laura Carvalho, que também discursou, não basta tirar Temer e colocar outro Temer. "Não queremos esse Temer nem outro Temer. Mais igualdade a gente conquista com voto", disse. "O Brasil quer escolher seu presidente e, se possível, já", defendeu Chico César, o primeiro a cantar.

Vídeo: Mídia Ninja
Confira reportagem da Rede Brasil Atual sobre o ato:
'Não queremos esse Temer nem outro Temer. Mais igualdade a gente conquista com voto'
Artistas e movimentos sociais deixam o recado para os presentes. "A gente quer mais democracia e novos direitos. Mais direitos e mais participação dos movimentos", diz a economista Laura Carvalho

O Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, está tomado por manifestantes que acompanham o ato SP pelas Diretas Já, convocado por artistas, ativistas da mídia independente e blocos de carnaval, com a presença de movimentos sociais. A primeira atração do dia ensolarado na capital foi o cantor paraibano Chico César. "O Brasil não suportaria a possibilidade de uma eleição indireta tendo um Congresso completamente contaminado", disse.

"É importante que o povo se manifeste hoje pela queda de Michel Temer (PMDB). Parece que esse governo que entrou há um ano quer desfazer tudo que foi conquistado nos últimos 100 anos. Ele deseja a precarização completa das relações de trabalho, levando o país a um sistema de semiescravidão", completou. O cantor ainda levantou a bandeira da necessidade da realização de uma greve geral no país. "A greve significa a classe trabalhadora unida para assegurar direitos conquistados arduamente".

Após o show do artista, um dos apresentadores do evento, Leo Madeira, chamou o coletivo carnavalesco Arrastão dos Blocos. "Os blocos de carnaval são as pessoas unidas. E isso não acontece apenas em cinco dias. Os blocos entendem que o papel da mobilização não é só o escape, mas o posicionamento político, especialmente em um momento tão delicado como esse."

Arrastão levantou o público com marchinhas tradicionais e composições dedicadas ao tema da manifestação: a queda do presidente Temer e a realização de eleições diretas. "Fora Temer! Ele é golpista, ladrão devoto, quer roubar o trabalhador. Arrastão está nas ruas para derrubar esse imposto", cantaram.

Integrantes de movimentos populares utilizaram o microfone para reforçar a unidade do ato. "Lutar pelas diretas hoje é essencial. Primeiro, para derrubar o Temer, que mesmo envolvido nos maiores absurdos está querendo se recompor, começa a ensaiar uma forma de se agarrar no governo até 2018. E também, caso o Temer caia, precisamos barrar a tentativa de um Congresso totalmente desmoralizado de eleger o presidente", disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo, Guilherme Boulos.

"Sem ampliar a luta, não vamos conseguir derrubar o Temer. Os grupos de cultura estão de parabéns", disse Boulos sobre a organização dos artistas. "A única forma de construir uma saída da crise é resgatar a soberania popular, chamando o povo a decidir. Isso não resolve tudo, mas é o princípio de um caminho democrático. No nosso entendimento, o movimento das diretas é a bandeira hoje que pode barrar as reformas da Previdência e trabalhista, que ninguém conseguiria se eleger nas urnas com essas propostas. Vamos derrubar essa agenda política", completou.

O presidente da CUT-SP e integrante da Frente Brasil Popular, Douglas Izzo, ressaltou a importância da união em torno das diretas. "Estamos todos aqui, Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, artistas, CUT. Nós, das centrais sindicais, lutamos também contra a retirada de direitos, contra reformas apresentadas por Temer. É a luta pela garantia de direitos, para que o povo possa definir quem será o próximo presidente. Não aceitamos eleições indiretas. Precisamos ficar de olho. O Congresso é totalmente envolvido com corrupção e com as mais diretas falcatruas deste país", disse.

Presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, também da Frente Brasil Popular, elogiou a iniciativa. "Esse ato é muito importante. A luta pelas diretas tem que ser de todos. Das pessoas, dos artistas, dos partidos, dos cidadãos comuns que podem e devem se unir nesta grande campanha. Venham juntos e vamos derrubar o Temer e conquistar as eleições diretas", disse.

Para a economista Laura Carvalho, professora da USP, a luta contra a desigualdade social passa pela ampliação da democracia e não sua supressão. "A gente não quer esse Michel Temer nem outro Michel Temer para fazer isso. A gente quer mais democracia e novos direitos. Mais direitos e mais participação dos movimentos. A gente quer mais igualdade. Tudo isso a gente só conquista com o voto. Fora Temer e Diretas Já."

.
Viewing all 8073 articles
Browse latest View live