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14/12/2015
PSDB morrerá abraçado a Cunha e à direita raivosa?
Brasil 447 - 14/12/2015
Na quinta-feira, sob a liderança de FHC, os tucanos fecharam o apoio formal ao golpe; no sábado, o próprio ex-presidente foi ao Facebook e pediu que o povo comparecesse em massa às ruas, mas nem o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apareceu; fracasso retumbante de público revela ser pequena a capacidade de mobilização do PDSB e que a maioria imensa da população não quer se associar um atentado contra a democracia capitaneado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ); impasse pode levar os tucanos a buscar nova estratégia; o mais provável é que tentem empurrar a crise até março ou abril, na esperança de que consigam promover o golpe com um script mais palatável para a população
247 – O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se revelou um fardo pesado demais para o PSDB, que, há mais de um ano, contesta o resultado das eleições presidenciais e tenta promover um golpe contra a democracia brasileira.
Foi com Cunha e com essa direita que o PSDB terminou abraçado neste domingo. Não custa lembrar que, na quinta-feira, sob a liderança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador Aécio Neves (PSDB-MG), os tucanos fecharam apoio formal ao golpe. No sábado, o próprio FHC foi ao Facebook e convocou as massas para os protestos deste domingo.
O que as ruas mostraram é que, além da baixa capacidade de mobilização tucana, um golpe conduzido por Eduardo Cunha pode ser imoral demais até para os padrões brasileiros.
Contra o golpe, vale dizer, já se posicionaram artistas, intelectuais, juristas, professores, reitores de universidades, 16 governadores e entidades como CNBB, OAB, UNE, CUT e MST. Os tucanos, até agora, contam com Cunha e personagens como Alexandre Frota.
Numa posição politicamente delicada, o mais provável é que o PSDB agora busque uma nova estratégia: adiar o processo de impeachment até março o Brasil, na esperança de que até lá o povo abrace o golpe. E, de preferência, com um novo presidente da Câmara.
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