.
11/07/2016
“Ciência sem fronteiras” frustra coxinha!
Do Blog do Miro - segunda-feira, 11 de julho de 2016
Por Altamiro Borges

A decisão de “interromper” as bolsas foi anunciada na semana passada. A própria Folha tucana informou, talvez com sentimento de culpa, que “estudantes de doutorado pleno no exterior do programa federal de intercâmbio estão enfrentando problemas para renovar a concessão das suas bolsas – o que já tem deixado alguns deles sem dinheiro ou em situação ilegal no país em que estudam. A Folha conversou com quatro doutorandos que estão nessa situação em universidades do Reino Unido, da Holanda e da Itália. Eles tiveram sua bolsa mensal interrompida indefinidamente após parecer negativo da Capes, agência federal que participa do programa Ciência sem Fronteiras pelo MEC (Ministério da Educação)”, relata a correspondente Sabine Righetti.
Ainda segundo a reportagem, “não há dados oficiais de quantos doutorandos brasileiros estejam no mesmo imbróglio – há 2.713 alunos de doutorado com bolsa plena do governo federal fora do país. Um dos estudantes ouvidos pela reportagem disse que está sem dinheiro e em situação ilegal. A renovação de seu visto de permanência no país depende da renovação da concessão da bolsa. Ele afirma ter enviado uma série de documentos para a Capes pedindo a reconsideração do parecer – incluindo uma carta do seu orientador europeu, que alega bom desempenho acadêmico. ‘Imagine se eu tiver de voltar para o Brasil sem o título de doutorado?’, diz Ana* (nome fictício)... ‘Temo ter perdido dois anos de minha vida’”.
O jornal da famiglia Frias, um dos mais venenosos críticos dos governos petistas, lembra que o programa “Ciência sem Fronteiras” foi criado pela presidenta Dilma em 2011. O seu objetivo era enviar 101 mil estudantes brasileiros para as melhores universidades do mundo. “A especulação é que agora, o governo [interino e golpista, que a Folha apoiou] estaria cortando as bolsas no exterior para reduzir custos, diante da atual crise econômica. Para se ter uma ideia, o investimento mensal para manter um bolsista de doutorado pleno nos EUA – onde há 573 deles –, em cidade considerada ‘de alto custo’, é de U$ 1.700. No Reino Unido, que tem 504 bolsistas de doutorado pleno, o investimento mensal do governo com cada doutorando é de quase R$ 8.000”.
Para saciar o apetite insaciável do “deus-mercado”, que financiou o “golpe dos corruptos”, os usurpadores que assaltaram o Palácio do Planalto já cortam as bolsas e até estudam cancelar o programa. Muitos “midiotas” que saíram às ruas nas marchas golpistas pelo “Fora Dilma” já devem estar arrependidos! Não foi por falta de aviso! Talvez a única alternativa no futuro próximo seja trabalhar 80 horas semanais, como sugeriu o capataz da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) ao Judas Michel Temer, para pagar o estudo dos filhos no exterior! Mas com a volta da escravidão para que serve estudar? Chora coxinha!
*****
Leia também:
.