04/05/2016
04/06/2016
Não tem descanso, não é, Temer? Sua trinca caiu e você sabe que tem mais….
Do Tijolaço· 04/06/2016
Por Fernando Brito

Numa tradução gaiata daquele “”verba volant, scripta manent” da famosa carta do ex-vice decorativo, pode-se dizer que a verba voava, mas a escrituração de seu vôos permanece.
Neste momento, fingir que este escândalo nada tem a ver com o julgamento de Dilma no Senado é algo que só mesmo Michel Temer e os ministros do STF conseguem fazer.
Machado não foi apenas levado ao cargo pelo comando do PMDB – onde Temer sempre esteve. Resistiu ao desejo de Dilma de demiti-lo, na mesma leva em que despachou Paulo Roberto Costa. E pagou com derrotas no Senado por isso.
Alguém quer saber como a alguém não basta ser eleito para poder governar?
A questão que apavora a todo o esquema golpista, de vários senadores do “sim” até o pseudopoeta que coordena-lhes o condomínio é que não pode haver a menor dúvida que muita gente comeu do cocho rico que Sérgio Machado abastecia.
O senador Marcelo Crivella é um dos que deve estar orando fervorosamente, por ter indicado o pastor Rubens Teixeira como diretor financeiro de Machado na Transpetro, num episódio que ficou falado no mundo político por coincidir com as ameaças de cassação de Renan Calheiros e, com isso, os riscos para o próprio Machado, que numa cerimônia na Câmara de Vereadores do Rio, agradeceu o apoio sem meias-palavras:
“Destaco agora meu amigo, meu irmão, Senador Marcelo Crivella, que se constituiu um paredão em minha defesa quando fui lançado aos leões, só porque discordei de medidas que interessavam mais aos poderosos.”
Fui indicado para a função pelo PMDB. Fui quatro anos deputado, oito anos senador. Tenho relação extensa com tanta gente, de todos os partidos… O senador, ou anda de braços abertos ou não avança.
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